O rapaz, que teve a prisão convertida em preventiva após matar o pequeno Lorenzo Gonçalves da Silva, de 2 anos, na madrugada de sexta-feira (13) já tem outras duas passagens pelo mesmo crime: dirigir sob efeito de álcool.
Em um dos casos ele foi condenado pelo crime de trânsito. Este aconteceu em 2021, na madrugada do dia 9 de maio na BR-163 em Rio Brilhante.
Naquele dia, além de dirigir embriagado, ainda desacatou e xingou os policiais rodoviários federais que o abordou.
Na época, ele havia chegado no posto da PRF em um Chevrolet Celta e logo os policiais constataram a embriaguez.
Ele contou que se envolveu em um acidente de trânsito perto do trevo, quando um caminhão teria acertado a lateral do seu carro.
Ele passou pelo teste do bafômetro que apontou 0,91mg/L e então foi dada voz de prisão.
Diante do procedimento, ele se alterou e passou a xingar os policiais com palavras de baixo calão. Ele foi levado e entregue na delegacia da cidade.
Em setembro daquele ano ele foi condenado pelo crime de trânsito a 6 meses de detenção e suspensão da CNH por 2 meses. Pelo desacato foi condenado 6 meses, totalizando um ano de detenção em regime aberto.
Interrogatório
Na delegacia, o motociclista, que é mecânico de ônibus, contou que mora em Campo Grande, mas passava alguns dias na casa da tia em Rio Brilhante.
Sobre o acidente, ele disse que não tinha condições emocionais para falar sobre e permaneceu em silêncio.
A Justiça manteve a prisão dele, durante audiência de custódia.
O acidente
O acidente aconteceu por volta da 1 hora da madrugada. Segundo informações da polícia, o namorado da mulher estava pilotando a motocicleta com ela na garupa e a criança no colo, que estava sem capacete. Em seguida, todos caíram.
Duas testemunhas relataram aos policiais que socorreram as vítimas ao hospital. Elas explicaram que o homem entrou na frente do carro com a criança no colo pedindo socorro. Dessa forma, a criança foi encaminhada para o hospital de Dourados, mas não resistiu e morreu.
O menino sofreu traumatismo craniano. As testemunhas relataram que não viram o acidente, mas que o autor confessou que estava correndo e empinando a motocicleta quando caíram e que a criança estava sem capacete no colo da mãe.
Enquanto era conduzido para a Delegacia, o autor confessou que fez uso de bastante bebida alcoólica juntamente com sua companheira antes de saírem com a motocicleta.