Segundo o Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal (Gretap), a onça batizada de Antã, palavra em tupi-guarani que significa “forte”, foi encontrada no sábado (17). O felino foi resgatado com a mobilização de militares da Polícia Militar Ambiental (PMA), uma lancha e uma viatura para auxiliar os veterinários.
Veterinários afirmam que Antã requer uma maior atenção, por estar mais debilitado. “Ele está com crepitações (som semelhante ao chiado) no pulmão que acreditamos ser causado pela inalação da fumaça de algum incêndio. É partir desses exames que vamos verificar a real situação do Antã”, explica a coordenadora do Ayty, a veterinária Aline Duarte.
Miranda
Miranda, a primeira onça-pintada resgatada, foi encontrada com queimaduras de segundo grau nas patas e com lacerações pelo corpo, ao tentar fugir dos incêndios no Pantanal de Miranda (MS). O animal é uma fêmea e pesa 60 kg.
Aline Duarte, veterinária coordenadora do Ayty, explica que Miranda apresenta uma infecção provavelmente pelo ferimento nas patas, encontrada na análise sanguínea. Um ultrassom foi realizado e as informações preliminares apontam possíveis alterações renais e no fígado.
Ambos os felinos estão recebendo o mesmo tratamento com exames de sangue, ultrassom e raio-x e os veterinários esperam a melhora.
Outros animais resgatados
Desde o início da temporada de incêndios no Pantanal, em maio — que começou mais cedo do que o habitual devido ao tempo seco e às mudanças climáticas — até o domingo (11), foram resgatados 564 animais silvestres afetados pelo fogo. O número de animais mortos ainda não foi calculado.
Um estudo realizado por 30 pesquisadores de órgãos públicos, universidades e ONGs estimou que, em 2020, ao menos 17 milhões de animais vertebrados morreram em consequência direta das queimadas no Pantanal.
“A gente sabe historicamente quais são os grupos que mais sofrem. Os répteis e os anfíbios são os animais que mais morrem, eles têm a maior dificuldade de locomoção, então eles são os que mais sofrem”disse o diretor do SOS Pantanal, Gustavo Figueiroa.
O biólogo conta que o cenário caótico provocado pelo avanço do fogo muda completamente o comportamento dos animais. Um exemplo foi de uma onça e uma jaguatirica dividindo a mesma manilha, para se protegerem das chamas, no Caiman.
“A gente sabe historicamente quais são os grupos que mais sofrem. Os répteis e os anfíbios são os animais que mais morrem, eles têm a maior dificuldade de locomoção, então eles são os que mais sofrem”, disse o diretor do SOS Pantanal, Gustavo Figueiroa.
O biólogo conta que o cenário caótico provocado pelo avanço do fogo muda completamente o comportamento dos animais. Um exemplo foi de uma onça e uma jaguatirica dividindo a mesma manilha, para se protegerem das chamas, no Caiman.