‘Quando eu olhei ele, eu tive dó’, diz mãe ao ver assassino do filho em Campo Grande

“Quando eu olhei ele, eu tive dó. Porque ele não acabou só com a minha vida, da minha família, ele acabou com a vida dele”. As palavras fortes são de Katiuscia Valentina, que ficou frente a frente com Janderson Maxsuel Rochy da Silva, assassino do seu filho Jullian Gabriel da Silva Acosta, na tarde desta segunda-feira (2), em audiência de instrução e julgamento, em Campo Grande.

Essa era uma das oportunidades da mãe de ouvir o que o réu teria para falar sobre o dia do crime, a madrugada do dia 9 de janeiro. No entanto, viu o acusado se esquivar e pedir para não depor na frente dela. O juiz aceitou o pedido e Janderson só falará no dia do júri – caso ele seja julgado pelo crime.

Para Katiuscia, o assassino se mostrou decidido a falar tudo sobre o crime e em conversa com o TopMídiaNews, ela frisou que estava tudo preparado para o depoimento, mas a troca de olhares parece ter sido crucial para a mudança de rumo da audiência.

“Eu senti que ele não conseguiu olhar nos meus olhos pelo fato dele ter se arrependido do que ele fez com o Gabriel. A hora que ele me olhou, ele não tinha me visto, tinha até tirado as algemas, mas quando me olhou, ele falou que não iria depor”.

Questionada sobre qual foi o sentimento da mãe em ficar frente a frente com Janderson, ela deu uma resposta bem sucinta e forte, pois não houve vontade de vingança, de querer xingá-lo ou qualquer coisa do tipo, mas sim outro sentimento.

“Quando eu olhei ele, eu tive dó. Porque ele não acabou só com a minha vida, da minha família, ele acabou com a vida dele, e ele é digno de expressão de dó, é uma pessoa que parece que não foi assistida, que é sofrida, que passou muitas coisas. Eu pensei que tivesse um sentimento de querer esganá-lo, mas eu tive dó”.

Katiuscia ainda frisou que quer que o réu seja levado a júri popular. “Deus queira que ele vá para júri”. O processo deve entrar na fase de alegações finais e contrarrazões para depois o juiz tomar a decisão se o réu vai ou não a júri popular.

O caso – Jullian Gabriel da Silva Acosta morreu na madrugada do dia 9 de janeiro, durante uma bebedeira que terminou em confusão em um bar na Avenida dos Cafezais, em Campo Grande.

De acordo com informações do boletim de ocorrência, a vítima foi encontrada caída, com as vísceras expostas e lesões no tornozelo e nas costas, provocadas pelas facadas.

Após o crime, acredita-se que a vítima tenha tentado fugir e pedir ajuda, já que, a cerca de 150 metros do local, havia marcas de sangue.

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