Quadrilha fez, pelo menos, três empresas em diversas cidades de MS de vítimas
Pelo menos três empresas foram vítimas da organização criminosa que comprava produtos em Mato Grosso do Sul sem as pagar. O grupo deixou prejuízo de R$ 467 mil, com vários estabelecimentos como vítimas. Dois empresários de Campo Grande foram presos nesta quarta-feira (6) por receptação dessas mercadorias furtadas.
Uma das vítimas foi uma empresa de amidos de Ponta Porã, no último dia 11 de setembro. Os golpistas teriam comprado 24.000 quilos de fécula, no valor de R$ 73.920, usando um site e e-mail falsos. Além disso, o grupo teria contratado um freteiro que transportou a mercadoria em um caminhão.
A polícia localizou 459 sacos de fécula em duas conveniências de grande porte no centro de Campo Grande, bem como uma chiparia, no bairro Guanandi. A dupla de empresários foi presa, conforme noticiado anteriormente pelo Jornal Midiamax.
Operação Miragem
Segundo a Polícia, para passar credibilidade, os criminosos falsificavam meios de autentificação do cliente com documentações, e-mails e sites fraudados. Os clientes apenas se davam conta do golpe quando os boletos não eram pagos. Nesse golpe citado, golpistas usavam os dados de um supermercado, a princípio situado em outro município no interior de Mato Grosso do Sul.
Outros dois proprietários de empresas procuraram a Polícia após caírem nos golpes. Um deles, dono de uma metalúrgica em Campo Grande, explicou que o grupo de estelionatários disse ser representante de grande rede de supermercados no estado. Eles adquiriram R$ 90 mil em tubos de aço.
Em Três Lagoas, os golpistas deixaram prejuízo de R$120 mil em telhas e R$183 mil em perfil metálico, sendo parte localizada sem utilização ainda em uma obra de condomínio fechado no município. O proprietário do empreendimento foi preso em flagrante por receptação qualificada.
Mais empresas foram vítimas dos golpistas e a Polícia Civil ainda não calculou o total do prejuízo. Três integrantes da quadrilha foram presos, mas pelo menos sete já foram identificados.
A delegada da 3ª Delegacia de Polícia, Priscilla Anuda explica que “a prática do crime apenas é possível pela existência de empresários e comerciantes que adquirem essas mercadorias em valores abaixo de mercado, ignorando e sem se importar com a procedência das mercadorias, fomentando sobremaneira a prática criminosa em nosso estado e país”.