O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) pediu o afastamento imediato do prefeito de Ladário, Iranil de Lima Soares (PP), e da ex-secretária de Assistência Social, Graziele Zório Francoacusados de assédio moral, perseguição a servidores e uso indevido da máquina pública em período eleitoral.
A ação foi movida pelo promotor de Justiça Luciano Bordignon Conte, da comarca de Corumbá.
Segundo a denúncia, os acusados demitiram e retaliaram servidores que não apoiaram suas campanhas eleitorais em 2024. Iranil tentou eleger seu sucessor, enquanto Graziele concorreu a uma vaga na Câmara de Vereadores. Ambos não tiveram sucesso.
Denúncias e provas
Depoimentos e mensagens de celular indicam que servidores foram ameaçados e transferidos para setores sem função, como ocorreu com uma servidora do Cras, que perdeu o cargo após recusar-se a participar da campanha de Graziele. A mulher foi transferida várias vezes, tendo que cumprir expediente sem atribuições e sem gratificação salarial.
Além disso, investigações revelaram que Graziele, mesmo afastada para disputar as eleições, continuava influenciando decisões na secretaria, o que levou ao pedido de afastamento dela e do prefeito.
Condenação e indenização
O promotor pede que os acusados sejam condenados a pagar R$ 1 milhão por danos morais, valor que deve ser revertido ao Conselho de Segurança de Corumbá e Ladário.