Em meio às pautas consideradas polêmicas como reajuste salário do prefeito, secretário e dos próprios vereadores, aumento de cadeira no Legislativo e também a Lei Orçamentária, um projeto roubou a cena e virou motivo de chacota por mais de 1 hora na sessão da Câmara de Dourados.
A proposta de autoria do vereador Pastor Sérgio Nogueira (PSDB) era criar uma Lei para instituir o ‘Dia do Hambúrguer’. A data faria parte do Calendário Oficial de Eventos do Município mão foi digerida nem mesmo pelos colegas da bancada governista que ele lidera.
Mesmo sabendo que a medida não caiu no gosto dos demais vereadores, Nogueira Ainda assim usou a tribuna para defender a ideia. Ele tentou argumentar que muitas famílias tiram o sustento com a venda do hambúrguer, com geração de economia no município, mas conseguiu adeptos.
O tucano Juscelino Cabral, que é colega de legenda de Nogueira justificou que teria dificuldade de votar o projeto. Ele afirmou que o hambúrguer é de origem americana e se fosse aprovado abriria brecha para criar o “Dia do Frango Frito, da X bagunça… E por aí vai”.
Já o republicano Fábio Luis ressaltou que o projeto em nada mudaria a situação do trabalhador ou do empresário que tem hamburgueria e também abriria brecha para o “Dia do Café”, “Dia do Pão de Queijo”.
Diogo Castilho, também do mesmo partido, rechaçou a ideia e mencionou que, ao invés de criar data comemorativa, poderia criar uma lei para reduzir a carga tributária a quem trabalha com hambúrguer.
Tania Cristina (PP) disse que os vereadores já são muito criticados pela população e que os parlamentares devem se preocupar com ações que possam dar resultado aos douradenses. “Devemos ocupar esse espaço (Câmara) com coisas sérias”, afirmou.
Marcelo Mourão (Podemos) foi a única voz pronunciada em defesa do pastor Sérgio Nogueira, mas nada adiantou. Ele chegou a criticar que a Câmara não “está amadurecida” para votar o projeto, por isso houve muitas críticas.
Com a experiência de seis mandatos, na avaliação do petista Elias Ishy, não caberia à Câmara votar esse tipo de projeto. “Não desmereço o setor, apenas não é relevante”, frisou.
O vereador Olavo Sul (MDB), que é Guarda Municipal deu uma de bombeiro e jogou água na discussão que se prolongava na Casa de Leis e propôs alteração no texto do projeto. Ao invés de homenagear o hambúrguer, que fizesse homenagem para os trabalhadores do setor.
Depois desse encaminhamento do emedebista, Mourão saiu novamente em socorro ao pastor Sérgio Nogueira e pediu vistas ao Projeto de lei do ‘Dia do Hambúrguer”, que acabou retirado da discussão dando lugar a outras discussões não menos indigestas para os eleitores, mas um pouco mais palatáveis.