Plataforma disponibiliza informações, em tempo real, a dados, números, elementos, materiais e situação dos incêndios no Pantanal
Governo de Mato Grosso do Sul criou o Sistema de Comando de Incidentes (SCI)plataforma digital que disponibiliza acesso, em tempo real, à informações, dados, números, elementos, materiais e situação dos incêndios no Pantanal Sul-mato-grossense.
A cerimônia de lançamento ocorreu às 8h, desta quinta-feira (27), na sala do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS), localizada no quartel do Comando Geral de Polícia Militar (PMMS), no Parque dos Poderes.
O sistema operacional oferece números de pessoas, materiais, viaturas mobilizadas, bases e quartéis; logística de ações de combate; quantidade de dias de operação; atividades de prevenção; queimas controladas; animais resgatados; vistorias; instruções; manutenção de equipamentos; área queimada e testes operacionais.
O programa traz o mapa de Mato Grosso do Sul, com pontos azuis que representam bases e guarnições avançadas, pontos amarelos que são unidades operacionais do Corpo de Bombeiros.
A plataforma é aberta ao público, ou seja, qualquer cidadão pode acessá-la.
O sistema é integrado às plataformas Informações sobre incêndio para sistema de gerenciamento de recursos (FIRMS) – Informações sobre Incêndio para Sistema de Gerenciamento de Recursos, em português – e a Ventuskyaplicativo que fornece informações sobre temperatura, sensação térmica, precipitação, velocidade do vento, rajadas de vento, pressão de ar, tempestades, umidade e poluição do ar.
De acordo com a chefe do Centro de Proteção Ambiental (CPA), coronel BM Tatiane Dias de Oliveira Inoue, o sistema foi desenvolvido pelo Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS).
“A gente tem informações de telas de monitoramento de focos de calor, não necessariamente são incêndios, mas a gente vai observando a evolução desses focos de calor e quando a gente detecta que é um incêndio, a gente já toma todas as atividades aqui na sala de situação para mandar informações para o pessoal que está a campo. Cada profissional aqui, cada bombeiro militar tem a sua função. A gente tem desde profissional que trabalha geoprocessamento de dados, para a gente monitorar e acompanhar todas as relações dessa operação”, explicou a coronel.
Lives serão realizadas semanalmente para compartilhar atualizações e números da área queimada e efetivo/material/equipamentos empenhados em combate ao fogo no Pantanal.
O objetivo é combater a desinformação e fornecer informações reais e instantâneas sobre a situação das queimadas no Pantanal.
De acordo com o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), a desinformação confunde a opinião pública e atrapalha o trabalho das equipes.
“Tem uma série de pessoas falando sobre o tema, muitas vezes sem conhecimento. Muita coisa é falada sem a informação ter chegado. Por exemplo, (as pessoas falam) ‘Ah, mas o Corpo de Bombeiros foi agora para lá, por que não foi antes? Não, está lá há 90 dias. Ah, mas não tinha como saber que eu pegaria fogo? Tinha, a gente sabia e estava preparado para isso’. Então, esse tipo de pergunta e discussão, quando há o nivelamento da informação, a gente começa a ter uma opinião pública mais conhecedora do assunto, do tema e dos desafios que são colocados. É muito importante que as pessoas tenham informação de qualidade. O objetivo aqui é esse: dar e passar informação de qualidade”, explicou o governador.
“Nós vamos iniciar todas essas lives semanais buscando exatamente que a gente tenha os boletins de como terem evoluído, tanto a questão dos combates como a questão das condições climáticas. Nós temos todo um sistema de monitoramento diário das condições climáticas, que elas são fundamentais para definir qual é a estratégia de combate a incêndios florestais”, afirmou o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck.
Dados do Laboratório de Aplicação de Satélites Ambientais (Lasa)do departamento de meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), apontam que 402.275 hectares foram consumidos pelo fogo, entre dos dias 1º e 26 de junho de 2024.
De 1º de janeiro a 26 de junho deste ano, 684.950 hec foram devastados pelo fogo, equivalente a área de 4,54% do bioma.
De acordo com o Sistema de Comando de Incidentes (SCI)do Corpo de Bombeiros Militar de MS, em 87 dias de operação, 429 pessoas foram mobilizadas (317 desmobilizadas; 112 mobilizadas atualmente), 1.488 materiais foram mobilizados (14 desmobilizados; 1.474 mobilizados atualmente), 41 viaturas foram mobilizadas (3 desmobilizadas; 38 mobilizadas atualmente), houve 65 ações de combate, 65 atividades de prevenção e 2 manutenções em equipamentos.