O prefeito reeleito de Ivinhema, Juliano Ferro (PSDB) ‘previu’ a operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), após postagem nas redes sociais que afirmava que “coisas boas” estavam chegando à cidade.
Em sua página do Instagram, o prefeito escreveu: ‘coisas boa (sic) vem para Ivinhema logo logo’. O fato é que, na manhã do dia seguinte, os agentes do Gaeco deflagraram a operação na cidade. A operação prendeu duas pessoas, apreendeu R$ 79 mil, armas e chegou a cumprir busca na casa do prefeito.
Ainda nas redes sociais, internautas comentaram que o prefeito adivinhou a ação do MPMS na cidade e postagem acabou virando piada. “Realmente coisas estavam a caminho, mas será que ele achou boas?”, questionou morador.
Operação em Ivinhema com prefeito influencer
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), por meio do Gaeco, deflagrou na manhã desta quarta-feira (30) a Operação Contrafação, em apoio a investigação que tramita perante à 1.ª Promotoria de Justiça de Ivinhema.
Conforme divulgado pelo órgão, o objetivo é dar cumprimento a oito mandados judiciais de busca e apreensão domiciliar, a um mandado de busca e apreensão de veículo e intimações acerca da imposição de medidas cautelares alternativas diversas da prisão.
Durante o cumprimento das ordens judiciais, foram apreendidos R$ 79 mil em dinheiro, além de armas, carregadores e munições. Duas pessoas foram levadas à delegacia por posse de arma. Um deles, conforme apurado pelo Jornal Midiamaxé o dono de uma garagem de automóveis.
As investigações revelaram que um veículo de luxo, do tipo caminhonete, que já pertenceu ao prefeito Juliano Ferro (PSDB) – conhecido também por ser influencer com mais de 760 mil seguidores no Instagram – também, a um empresário local, ainda que sem registro formalizado em nome de qualquer deles, acabou tendo sua transferência efetivada, em sequência, para o nome de dois policiais militares deste Estado, baseada em documentação falsificada.
A transferência ocorreu em junho de 2023, perante o Detran em Maracaju, todavia, o proprietário do bem junto ao órgão de trânsito já havia falecido há mais de 3 anos, o que demonstra a falsificação. A reportagem tentou contato com o prefeito, mas ligações não foram atendidas. O espaço segue em aberto.