Um grupo de influenciadores digitais presos pela Polícia Civil de Mato Grosso, na operação “777”, foi solto no último domingo (1º), após o término do prazo de cinco dias de prisão temporária. A investigação apura a organização de rifas e jogos ilegais promovidos por meio das redes sociais, que movimentaram mais de R$ 12 milhões nos últimos meses.
De acordo com o delegado Rogério Silva, responsável pelo caso, as redes sociais dos investigados estão sendo bloqueadas pela empresa Meta, por ordem judicial, como parte das medidas para impedir a continuidade das atividades ilegais.
“Eles foram intimados de que não podem deixar o país, devem entregar os seus passaportes para apreensão pela Polícia Civil e estão proibidos de realizar qualquer tipo de postagem envolvendo jogos de azar ilegais, sob pena de correrem o risco de sofrerem prisão preventiva por tempo indeterminado”, explicou o delegado.
Foram soltos Cristiane de Freitas, Nicolas Guilherme de Freitas, Sandra Regina Ferreira, Gabriel Ferreira, Larissa Mattavelli e Carlos Henrique.
O esquema utilizava redes sociais para criar um ambiente de luxo e ostentação, com o objetivo de atrair seguidores e induzi-los a participar de rifas e sorteios com altos valores.
As investigações apontam fraudes nos resultados, incluindo a manipulação de ganhadores para que prêmios retornassem ao grupo, em um ciclo que burlava a confiança dos participantes.
Além disso, os presos lançavam frequentemente novas plataformas para dificultar a identificação do esquema e ampliar os danos causados às vítimas. Apesar de estarem soltos, as investigações continuam, e novas ações podem ocorrer em breve para interromper definitivamente a atuação do grupo.