Os três homens, sendo dois de 21 e outro de 27 anos, presos pelo assassinato de Bruno Justino Campidelli, 24 anos, ocorrido na saída de uma tabacaria, na Avenida Manoel da Costa Lima, alegam que um foi ameaçado.
O trio, sendo que dois são irmãos, foi preso pela Força Tática 10º CIPM e pelo 10º Batalhão da PM (Polícia Militar) horas após o homicídio. A arma, um revólver calibre .38, e o veículo usado no crime também foram apreendidos.
Inicialmente, a informação era de que o crime foi cometido por uma discussão por mulher na Tabacaria. Contudo, aos militares, um dos homens disse que estava na tabacaria e ligou para o irmão contando que estava sendo ameaçado por algumas pessoas possivelmente armadas dentro do estabelecimento. Então, o irmão encontrou um ‘amigo’ e pediu carona para ir até a tabacaria.
Quando os dois chegaram ao estabelecimento – ocupando um Saveiro -, eles foram cercados por três motocicletas. Ao tentarem sair, foram encurralados, momento em que o motorista da Saveiro sacou a arma e efetuou disparos sem saber se os atingiram.
Prisão
Durante as investigações feitas pela PM, o homem, de 27 anos – que usava tornozeleira eletrônica por crimes de receptação e furto -, foi abordado na Avenida Prefeito Lúdio Martins Coelho e confessou que tinha conhecimento dos fatos.
Segundo o Tenente Manoel de Melo, do 10º Batalhão da PM, o homem contou o que teria ocorrido e apontou onde estaria o irmão.
Após a localização dele, os policiais foram em busca do suspeito dos disparos, encontrado em casa no Dom Antônio Barbosa, com a arma usada no crime escondida no telhado e a Saveiro na residência.
Os irmãos, a princípio, estão apenas como testemunhas do caso e foram conduzidos para a Delegacia de Polícia Civil. Já o motorista da Saveiro foi preso por homicídio e posse ilegal de arma de fogo.
O caso segue em investigação pela Polícia Civil.
O crime
Bruno foi baleado mais para baixo na rua e subiu a Avenida Manoel da Costa Lima na contramão, já ferido, caindo na Rua Jatobá. Ele foi assassinado com dois tiros.
Testemunhas falaram que não perceberam nenhuma briga, mas viram a vítima dentro da tabacaria, que seria ‘famosa’ pelas confusões no local. Uma idosa, que não quis se identificar, contou ao Jornal Midiamax que de segunda a segunda há bagunça no local por causa da tabacaria.
“Aqui ninguém dorme por causa desse pessoal. Muita gente usando drogas, bebendo. A gente fica com medo. Como que pega ônibus às 7h se o ponto é próximo e eles ainda estão lá?”, diz.
Ela disse, também, que na região moram muitos idosos, que temem pela segurança, principalmente porque usuários de drogas rondam o local.