O ex-presidente da OAB-MS por dois mandatos, deixou o cargo de conselheiro na última terça-feira (11)
A semana passada marcou o último dia do advogado Mansour Elias Karmouche na função de conselheiro federal da Ordem dos Advogados (OAB) no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nos últimos 16 meses. Ele se despediu-se durante a 7ª sessão ordinária do plenário do CNJ, realizada na terça-feira passada.
Com a sensação do dever cumprido, Mansour Elias Karmouche agradeceu a todos pela colaboração ao longo dos meses em que esteve na função de representante da OAB no CNJ por indicação do presidente nacional da Ordem, Beto Simonetti.
“O CNJ é um órgão que traduz efetivamente as políticas públicas não só para o Poder Judiciário, mas para toda a sociedade com boas práticas e de forma transparente”, disse o agora ex-conselheiro federal da OAB.
Ele completou que saiu com a sensação do dever cumprido e muito feliz porque aprendeu muito. “Pude contribuir para fazer com que a advocacia e a sociedade possam compreender a importância do CNJ que vem sendo tão bem liderado pelo ministro Barroso. O CNJ nas mãos do ministro Barroso é um CNJ que faz”, discursou o advogado, que foi presidente da OAB Mato Grosso do Sul por dois mandatos.
Balanço
Ao Correio do Estado, ele disse que ficou muito honrado de ter representado a OAB junto ao CNJ neste período de um ano e quatro meses. “Nesse período todo que estivemos na função, defendemos os interesses não só da advocacia, como também as políticas públicas voltadas não só para o Poder Judiciário, como para a sociedade”, declararam.
Ele recordou que enfrentou temas importantes com relação à igualdade de gênero, equidade racial, sistema carcerário, regularização fundiária, regularização documental de populações vulneráveis.
“Além disso, também enfrentamos os temas que daqui para frente vão fazer parte do dia-a-dia da advocacia, que é com relação ao juiz das garantias. Também enfrentamos a temática que das demandas outrora chamadas de predatórias, agora fraudulentas”, ressaltou.
Mansour Elias Karmouche pontuou que são temas de suma importância para o Poder Judiciário ainda buscando meios alternativos de soluções de conflitos.
“Eu penso que tudo isso que o CNJ tem se proposto a fazer, advocacia sempre será consultada, porque faz parte da administração do Poder Judiciário e, no CNJ, esse papel se reveste de maior importância porque são nesses momentos que a advocacia traduz o seu nítido pensamento”, argumentou.
O ex-presidente da OAB-MS completou que, realmente, a gente consegue fazer a transformação dessas políticas em uma vertente de resolução de todas as ideias que são propostas ali perante o CNJ.
“Tenho certeza que foi um momento de extrema importância, de amadurecimento, de reconhecimento da relevância da nossa participação, em especial de Mato Grosso do Sul, porque representamos o nosso Estado, levamos também a visão da advocacia não só brasileira, mas também especificamente a todos os problemas que enfrentamos no dia-a-dia enquanto advogado sul-mato-grossense”, analisou.
Mansour Elias Karmouche acrescentou que esse talvez tenha sido o ponto alto dessa participação. “Saímos com o reconhecimento do ministro Barroso com extrema gratificação, gratidão por tudo que nós passamos durante esse período lá”, assegurou.
Reconhecimento
A atuação do ex-presidente da OAB em Mato Grosso do Sul por dois mandatos foi reconhecida pelo presidente do colegiado, ministro Luís Roberto Barroso, pelos conselheiros, servidores e demais advogados que acompanham os trabalhos do CNJ.
“A partida de Vossa Excelência deste Conselho deixa um vazio no coração de todos nós que aprendemos a conviver com sua simpatia, talento e urbanidade e civilidade, que são virtudes que rareiam no mundo contemporâneo e que aliás nós precisamos resgatar”, afirmou Barroso ao fim da última sessão de Mansour Elias Karmouche no plenário do CNJ.
“A OAB esteve muitíssimo bem representada aqui ao longo desse período. Nesses seis meses que tenho estado à frente do Conselho Nacional de Justiça pude testemunhar seu empenho, a dedicação, seu acompanhamento atento das sessões. De modo que tudo que a gente pode fazer é esperar que a Ordem mande alguém que tenha a mesma qualidade humana e profissional de Vossa Excelência e desejamos que possa brilhar em outro lugar. Muito obrigado por tudo”, concluiu o ministro.
Completando 10 anos de serviços prestados à OAB, desde vice-presidência e presidência da OAB-MS e do Conselho Federal, Mansour Elias Karmouche também fez uma menção a dois homens de Ordem que acompanharam no plenário sua despedida do CNJ, o ex-vice-presidente da OAB Nacional, Luiz Viana, e o ex-presidente da OAB do Distrito Federal e hoje governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.