O prefeito de Ponta Porã (MS), Eduardo Campos (PSDB), foi empossado como vice-presidente temático para Cidades Fronteiriças – Arco Central da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP), durante a 87ª Reunião Geral da entidade, realizada em Brasília nos dias 7 e 8 de abril. O cargo coloca o gestor em posição estratégica para articular políticas públicas voltadas a municípios localizados na faixa de fronteira do Brasil.
Campos passará a integrar a diretoria da FNP, entidade sediada na capital federal que reúne prefeitos de cidades médias e grandes para negociar demandas locais junto ao Governo Federal, Congresso Nacional e Judiciário. Sua atuação terá foco em eixos como segurança, mobilidade urbana, desenvolvimento econômico e acesso a serviços públicos em regiões fronteiriças, áreas que enfrentam desafios específicos devido à dinâmica de integração com países vizinhos.
Em discurso, o prefeito afirmou que a nomeação é uma oportunidade para ampliar o diálogo sobre as necessidades dessas localidades. “Assumo o compromisso de lutar por políticas que valorizem a nossa realidade de fronteira e tragam mais oportunidades para a nossa população”, declarou.
A FNP, fundada em 2008, é conhecida por intermediar projetos em parceria com instituições como Sebrae, União Europeia, Caixa Econômica Federal e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Entre as iniciativas em andamento estão programas de fortalecimento da gestão municipal, estímulo ao empreendedorismo e promoção de soluções sustentáveis para o crescimento regional.
Ponta Porã e a dinâmica fronteiriça
Localizada a 323 km de Campo Grande, Ponta Porã faz divisa com Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia, integrando uma região binacional com fluxo intenso de comércio e mobilidade populacional. O Arco Central, área de atuação de Campos na FNP, abrange cidades fronteiriças do Centro-Oeste, como Corumbá (MS) e Cáceres (MT), estratégicas para políticas de segurança e integração logística.
A nomeação do prefeito reforça a visibilidade do município em debates nacionais sobre desenvolvimento territorial. Dados do IBGE indicam que o Brasil possui 588 cidades em faixa de fronteira, distribuídas por 11 estados, onde vivem cerca de 10 milhões de pessoas. Essas regiões concentram desafios como infraestrutura deficiente, pressão migratória e necessidade de cooperação internacional.
A agenda de Campos prevê reuniões com ministérios e organismos internacionais para discutir financiamento de projetos. A expectativa é que a articulação na FNP facilite o acesso a recursos federais e programas de cooperação técnica direcionados à fronteira.
“Assumo o compromisso de lutar por políticas que valorizem a realidade das fronteiras, garantindo que essas regiões sejam vistas como pontos de conexão e desenvolvimento, não como periferias”, declarou.
