O prefeito de Chapadão do Sul, João Carlos Krug (PSDB), afirma que não pretende acatar a recomendação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), publicada nesta terça-feira (12), que trata sobre a suspensão da banca organizadora do concurso público do município.
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A recomendação trata da suspensão do Processo Administrativo nº 565/24 para a contratação da Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura) para a realização do certame pelo prazo de 90 dias. A administração municipal terá cinco dias úteis para informar sobre atender ou não a recomendação, além das providências tomadas.
O tucano alega que não há irregularidades e há um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado com o próprio MP se comprometendo a fazer concurso.
“Não vamos atender, porque não existe nada irregular e há tempos havíamos firmado TAC com MP nos comprometendo a fazer concurso. A Fapec é, inclusive, recomendada como referência em concursos públicos e quem dará posse aos aprovados no concurso será o próximo prefeito, de acordo com as necessidades e para que cesse os processos seletivos que tem seleção muito incipiente”, pontuou Krug.
Recomendação e inquérito no MPMS
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) publicou, nesta terça-feira (12), a recomendação para a suspensão do Processo Administrativo nº 565/24, que trata sobre a contratação da Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura) para a realização de concurso público pelo prazo de 90 dias. A administração municipal terá cinco dias úteis para informar se irá atender ou não a recomendação, além das providências tomadas.
A Recomendação 0001/2024/1ªPJCS, assinada pela promotora de Justiça Juliana Pellegrino Vieira, foi publicada no DOMPMS (Diário Oficial do Ministério Público) de hoje.
O certame virou alvo de inquérito civil no MPMS após a Prefeitura de Chapadão do Sul ter contratado a Fapec por R$ 366.664,61, sem licitação, após as eleições.
O atual prefeito, João Carlos Krug, está prestes a terminar o segundo mandato consecutivo na administração do município e, por isso, ficou impedido de concorrer novamente. Então, apoiou o ex-prefeito e primo, Jocelito Krug (PSDB) para o cargo.
No entanto, após oito anos, a administração do município localizado no extremo nordeste de MS – divisa com Goiás – sai das mãos da família Krug. Isso porque Jocelito obteve 31,19% dos votos e ficou atrás de Walter Schlatter (PP), que iniciará seu primeiro mandato a partir de 2025. O fato também chamou atenção da promotora.
Entre as considerações para recomendação para a suspensão da contratação, a promotora apontou possível desrespeito a LAI (Lei de Acesso à Informação), visto que ainda não consta no Portal da Transparência documentos que demonstrem fundamentos para a realização do concurso no final do mandato, nem a identificação dos cargos, funções, vencimentos, cronograma do certame, dentre outros.
O MPMS também apontou defasagem de caixa do município para a realização do concurso público devido aos altos gastos com a folha de pagamento, situação que já teria sido apontada pela Controladoria Municipal. A falta de recursos financeiros, inclusive, teria impedido a contratação, em maio de 2024, de professores para crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista) por parte da Secretaria Municipal de Educação.
“Considerando que a Assessoria Jurídica do Município também manifestou opinião contrária ao prosseguimento do Concurso Público da forma como está sendo apresentada, sendo contrário à junção dos Poderes Executivo e Legislativo no mesmo certame”, argumentou também a promotora.
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