O valor da cesta básica de alimentos aumentou em 11 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) em maio de 2024. Campo Grande registrou uma variação de 2,15% no custo da cesta básica, que passou a custar R$ 748,48. Este aumento coloca Campo Grande entre as capitais com maior elevação no período, juntamente com Porto Alegre (3,33%), Florianópolis (2,50%) e Curitiba (2,04%).
Na capital do Mato Grosso do Sul, os preços de alguns itens tiveram variações significativas. A batata, por exemplo, registrou um aumento de 44,32% entre abril e maio, refletindo a baixa oferta do tubérculo. Em um ano, o preço da batata subiu 122,89%, a maior variação entre as capitais pesquisadas. Outros itens que tiveram aumento foram o tomate (10,90%) e o leite de caixinha (8,49%), que completaram um trimestre de altas consecutivas.
O feijão carioquinha registrou uma retração de 7,59% no preço em maio, mantendo a tendência de queda dos últimos meses, devido à boa oferta da segunda safra do grão. O açúcar cristal também apresentou retração de preços, tanto mensal (-0,51%) quanto anual (-0,77%).
Em termos de comprometimento do salário mínimo, um trabalhador em Campo Grande precisou destinar 57,31% do salário mínimo líquido para adquirir a cesta básica, um aumento em relação aos 56,10% de abril. A jornada de trabalho necessária para comprar a cesta foi de 116 horas e 37 minutos, aumento de 2 horas e 27 minutos em relação ao mês anterior.
Custo da cesta básica aumenta em outras capitais
Em outras regiões do Brasil, o aumento no custo da cesta básica também foi significativo. São Paulo continua a ser a capital com o maior custo da cesta básica, chegando a R$ 826,85, seguida por Porto Alegre (R$ 801,45), Florianópolis (R$ 801,03) e Rio de Janeiro (R$ 796,67). No Norte e Nordeste, os menores valores foram registrados em Aracaju (R$ 579,55), Recife (R$ 618,47) e João Pessoa (R$ 620,67).
As capitais do Nordeste se destacaram pelas variações anuais no preço da cesta básica, com Natal (15,11%), Recife (14,94%) e João Pessoa (14,45%) registrando as maiores altas. Em um ano, a única capital que teve queda no preço da cesta básica foi Goiânia (-0,05%).
Entre os itens que mais impactaram o aumento dos preços estão o café, que teve alta em todas as capitais, variando entre 0,69% em Belém e 9,66% em Recife, e a batata, cujo preço subiu entre 17,92% em Goiânia e 44,32% em Campo Grande. Em relação ao leite integral, houve aumento em 16 das 17 capitais, com as maiores variações registradas em Porto Alegre (12,41%) e Recife (-4,01%).
O arroz, outro item essencial, teve aumento em 15 capitais, com variações de 1,05% em Recife a 16,73% em Vitória. Em 12 meses, as maiores altas foram registradas em Belo Horizonte (42,43%) e Vitória (41,51%).
O comprometimento do salário mínimo para aquisição da cesta básica em nível nacional foi de 54,31% em maio de 2024, um leve aumento em comparação com abril (54,01%). Em maio de 2023, o percentual era de 55,68%. A jornada média de trabalho necessária para adquirir a cesta básica em maio de 2024 foi de 110 horas e 31 minutos, ligeiramente maior que em abril (109 horas e 54 minutos).