Trabalhadores da construção civil de Campo Grande vão paralisar as atividades nesta sexta-feira (19), a partir das 7h, em reivindicação por melhores condições salariais e de trabalho no setor. Cerca de 300 profissionais vão participar da ação de protesto.
“É o início do movimento por toda a cidade em função do pesadelo com as negociações salariais da categoria”, classifica José Abelha, presidente do Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil e no Mobiliário de Campo Grande).
Segundo Abelha, que também é presidente da Fetricom-MS (Federação dos Trabalhadores na Construção Civil de Mato Grosso do Sul), o movimento de paralisação não será só em Campo Grande. “Daqui pra frente vamos fazer paralisações também em várias cidades do estado, como Dourados e Três Lagoas”, afirma.
Ao todo, Campo Grande tem cerca de 30 mil trabalhadores no setor, sendo que 75% deles, cerca de 22.500, são profissionais com vínculo por meio do regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
“Hoje falta mão de obra no estado, por isso, muitos trabalhadores são de outras regiões do Brasil. Ter uma contraproposta de reajuste de salário tão somente repondo a inflação é uma vergonha. Os patrões ofereceram 3,86% que é o índice do INPC. No Brasil, quase 80% dos acordos salariais de todas as categorias estão sendo fechados com índice acima da inflação acumulada, ou seja, com ganho real nos salários”, explica Abelha.
Além de reajuste salarial, a categoria também reivindica atualização no vale-alimentação, assim como no 13° do vale-alimentação, auxílio saúde, e reajuste com ganho real nos salários. A data-base dos trabalhadores da construção civil é o mês de março.