Passados três meses da execução do traficante Eliston Aparecido Pereira, de 51 anos, um dos envolvidos e que é apontado como mandante e financiador do crime segue foragido. O criminoso brasileiro foi assassinado no dia 16 de fevereiro em Dourados quando chegava em sua residência.
Segundo informações da Polícia Nacional, o articulador do assassinato, que tem nacionalidade paraguaia, pode estar escondido em Ponta Porã, na fronteira com Pedro Juan Caballero. Os pistoleiros contratados por ele foram presos pelo SIG (Setor de Investigações Gerais) com o apoio da Polícia Civil de São Paulo.
A reportagem do Jornal Midiamax apurou que existe um mandado de prisão contra Javier Gayoso e que o mesmo também é procurado pela Polícia Federal. Nessa segunda-feira, agentes da polícia paraguaia se ofereceram para ajudar a encontrar o criminoso.
Relembre o crime
A execução de Eliston aconteceu, segundo investigação da Polícia Civil, depois da perda de uma carga de cocaína para São Paulo, em 2023. De acordo com a investigação, Eliston era responsável por organizar a saída da droga de Dourados para outros estados, sendo que em uma das operações organizadas a polícia acabou apreendendo 200 quilos de cocaína em uma carretinha.
Já em outro carregamento que seria levado para São Paulo, ao chegar ao local, a facção descobriu que a cocaína havia sido trocada por massa corrida e isopor. Eliston chegou a ficar dois dias em cárcere em Ponta Porã sob poder dos donos da droga.
‘Estaria queimado’
Logo depois, ele foi solto e disse para a esposa que estaria ‘queimado’ com a facção e que não arrumaria mais trabalho.
Ainda segundo a investigação, os responsáveis pelo envio da falsa cocaína para São Paulo foram assassinados em Campo Grande, pelos chefes da facção em meados de julho de 2023.
A vítima na época teria sido questionada se estaria ‘jogando’ com a polícia depois da apreensão da cocaína em Dourados.