O ministro nega as acusações. Em nota, ele divulgou que pediria investigação do caso
Da Redação –
O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Sílvio Almeida (Reprodução)
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos, afirmou ao UOL na manhã desta sexta-feira (6) que uma investigação foi aberta para apurar as acusações de assédio contra o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida.
Na noite de quinta, a Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto divulgou nota afirmando que as denúncias são graves e que o caso será tratado com celeridade.
“O Governo Federal reconhece a gravidade das denúncias. O caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”, diz a nota.
Reportagem publicada pelo Metrópoles afirma que o ministro é alvo de acusações de assédio sexual, incluindo uma suposta denúncia por parte da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco (ela ainda não se manifestou sobre o caso). Segundo a colunista Mônica Bergamo, alguns ministros do governo teriam conhecimento do suposto assédio sexual.
O Planalto informa ainda que Almeida “foi chamado esta noite a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias, por conta das denúncias publicadas pela imprensa contra ele”.
O ministro nega as acusações. Em nota, ele já havia divulgado que pediria investigação do caso. “Encaminharei ofícios para Controladoria-Geral da União, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e Procuradoria-Geral da República para que façam uma apuração cuidadosa do caso”, escreveu.
“O próprio ministro Silvio informou que irá encaminhar ofício à CGU, ao Ministério da Justiça e à Procuradoria Geral da República para que investiguem o caso. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir de ofício um procedimento de apuração”, diz a nota do Planalto.
Os ofícios foram enviados aos três órgãos e são assinados pela Chefe de Gabinete Ministerial substituta, Fernanda Gabriela Menezes Carvalho.
“Diante da gravidade do teor das informações amplamente compartilhadas, e reconhecendo que toda e qualquer denúncia deve ser investigada com todo o rigor da Lei, é urgente que os fatos sejam cuidadosamente apurados e processados”, diz o documento do ministério que foi encaminhado à CGU, à PGR e também ao Ministério da Justiça.
“Diante do exposto, este Gabinete Ministerial solicita a apuração criteriosa das denúncias, garantindo que todas as acusações sejam rigorosamente investigadas, com transparência e imparcialidade, a fim de proteger a integridade dos servidores e das instituições envolvidas.”
O UOL procurou o Ministério da Igualdade Racial e a ministra Anielle Franco, Anielle Franco, mas ainda não obteve retorno.
Denúncias de assédio moral. Como o UOL mostrou na última quarta (4), o MDHC tem sido alvo de denúncias de assédio moral e pedidos de demissão em série desde o início da gestão, em janeiro de 2023. Silvio Almeida também nega as acusações.
(Com Uol)