Um esqueleto quase completo de um dinossauro herrerassaurídeo está entre os principais achados dos paleontólogos na região central do Rio Grande do Sul, após as recentes enchentes. A grande quantidade de água registrada em maio “lavou” os sítios fossilíferos, revelando mais fragmentos ósseos.
Atualmente, os profissionais do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (Cappa), vinculado à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), estão se empenhando para resgatar todos os materiais e evitar que se percam.
O Cappa, sediado em São João do Polêsine, é responsável por proteger os fósseis encontrados na região da Quarta Colônia, que abrange também os municípios de Agudo, Dona Francisca, Faxinal do Soturno, Ivorá, Nova Palma, Pinhal Grande, Restinga Sêca e Silveira Martins.
Segundo o site PaleoBrasil, o local do achado ficou fechado durante alguns dias devido às enchentes e, quando os profissionais retornaram, começaram a inspecionar os sítios fossilíferos. Devido ao grande volume de água, os sítios fossilíferos foram ‘lavados’, e mais fósseis apareceram.
Até agora, a equipe encontrou o material mais significativo: um esqueleto quase completo de dinossauro herrerassaurídeo. Segundo o PaleoBrasil, ossos da perna e da bacia desse animal estavam expostos em um sítio de São João do Polêsine e foram parcialmente destruídos durante a enxurrada. No entanto, os fósseis restantes estão bem preservados.
A análise preliminar dos especialistas indicou que se trata de um dinossauro do grupo Herrerasauridae — a espécie exata será determinada após avaliações mais detalhadas. Esse dinossauro era carnívoro, bípede e, quando vivo, teria cerca de 2,5 metros de comprimento, da ponta do focinho ao final da cauda.
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