Mulher afirma ter dores e dificuldade de movimentos após três anos do acidente
Após a Justiça determinar pagamento de R$ 10 mil por danos morais, passageira que teve sequelas após acidente em ônibus do Consórcio Guaicurus recorre para garantir indenização de R$ 100 mil. A mulher colocou pino no tornozelo após cair dentro de ônibus em alta velocidade, em dezembro de 2021, em Campo Grande.
Depois, o motorista passou por um obstáculo em alta velocidade, fazendo a passageira cair e não teria prestado socorro à mulher.
Após o acidente, a passageira passou por cirurgia e ficou afastada do trabalho por 4 meses. Ela afirma ter dor e inchaço no tornozelo direito, assim como dificuldade para agachar.
Por fim, a defesa da mulher aponta que a situação causou situações de grande transtorno e que o valor determinado na decisão é “incapaz de produzir a finalidade reparadora (…) sua moral e emocional foram severamente abalados”, afirma.
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Juiz confirma culpa do Consórcio Guaicurus
Na decisão de 1º grau, o juiz Mauro Nering Karloh, da 8ª Vara Cível, confirmou a culpa do Consórcio Guaicurus e afirmou que a passageira “juntou documentos suficientes para a comprovação da ocorrência do evento danoso, do nexo causal e dos prejuízos correspondentes, apresentando documentos médicos e fotografias que demonstram que efetivamente se acidentou no interior de transporte coletivo (ônibus), marcado por designativos do Consórcio Guaicurus”.
Na sentença, o juiz destaca que a passageira narrou que o ônibus estava em alta velocidade, que o botão de parada do veículo não estava funcionando e que, após cair, o motorista só parou depois que uma passageira gritou. Ainda, a mulher afirmou em juízo que, após o acidente, o motorista teria dito para ela ‘procurar seus direitos’ e que não prestou socorro.
No decorrer do processo, o motorista chegou a ser arrolado pelo Consórcio como testemunha de defesa, mas a empresa desistiu.
Passe dobrou desde que Consórcio assumiu
O contrato de concessão foi assinado em 25 de outubro de 2012. No início daquele ano, a tarifa era de R$ 2,50. De lá para cá, foram 16 reajustes que perfazem aumento percentual de 98%.
No início do ano em que as empresas Cidade Morena, São Francisco, Jaguar e Campo Grande formaram o Consórcio Guaicurus e assinaram o contrato de concessão de R$ 3,2 bilhões, o passe custava R$ 2,50.
Antes ainda de assumir o serviço, em março de 2012, houve um reajuste para R$ 2,85, que era o valor pago quando a concessionária entra. Depois, o passe sofre decréscimo no valor e passa para R$ 2,75, em julho de 2013.
Assim, a tarifa alcança a casa dos R$ 3 em novembro de 2014. Já a marca dos R$ 4 é ultrapassada em dezembro de 2019, quando a tarifa passa dos então R$ 3,95 e vai para R$ 4,10.
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No primeiro ano da pandemia, 2020, foram três reajustes: primeiro uma redução dos R$ 4,10 para R$ 3,95 novamente. No entanto, 14 dias depois, a tarifa volta para o patamar anterior e, por fim, vai a R$ 4,20 em dezembro.
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