O Partido Conservador enfrenta uma série de derrotas enquanto os resultados das eleições locais da quinta-feira, 2, no Reino Unido são lentamente divulgados. O desempenho dos governistas tende a ampliar a pressão sobre o primeiro-ministro Rishi Sunak, antes do pleito geral que acontecerá em data ainda indefinida neste ano.
Até agora, os Trabalhistas conquistaram 844 assentos em Conselhos – espécie de assembleia legislativa -, o que representa um crescimento de 131, de acordo com levantamento da BBC.
Por outro lado, os Conservadores perderam 309 cadeiras e somam 318. Entre as demais legendas, o Liberal-Democrata ganhou mais 47, a 281, e os Verdes aumentaram em 37, para 87. Candidatos independentes, até o momento, ficaram com 179, um avanço de 79.
Em uma eleição suplementar, os Trabalhistas conseguiram tirar um assento dos Conservadores no Parlamento nacional em Blackpool South, com uma margem sólida de mais de 10 mil votos.
Os oposicionistas, no entanto, tiveram revés em algumas regiões com grande concentração de população islâmica. Em Oldham, no noroeste de Inglaterra, os candidatos do partido parecem ter sido prejudicados pela posição fortemente pró-Israel do líder trabalhista Keir Starmer sobre a guerra em Gaza.
Por outro lado, os trabalhistas venceram em áreas que votaram fortemente a favor da saída do Reino Unido da União Europeia em 2016, como Hartlepool, no nordeste de Inglaterra, e Thurrock, no sudeste. Também assumiu o controle de Rushmoor, onde nunca havia vencido.
Um ponto positivo para os conservadores foi a vitória na disputa à prefeitura de Tees Valley, que antes do Brexit era um reduto tradicional do Partido Trabalhista. No entanto, a parcela de votos dos governistas caiu quase 20 pontos percentuais, para 54%, em relação a 2021.
A apuração evolui de maneira lenta e deve se estender até o próximo domingo.