A região era conhecida nos noticiários pelos casos de violência, mas o entorno da Cachoeira do Céuzinho vive a iminência de que seu potencial turístico a transforme em novo cartão-postal de Campo Grande, ocasionando fôlego e renda para propriedades históricas com sete cachoeiras.
“Tenho que chamar amigos e estudantes, grupos, para fazer um mutirão de limpeza. Como são trilhas, tem subidas e descidas, é árduo levar sacolas e sacolas de lixo. Somos nós que roçamos, limpamos tudo. Queremos muito que a natureza seja valorizada, mas para isso, as pessoas têm que cuidar”.
Ponto turístico
O acesso mais fácil para o novo parque será pela BR-080, próximo ao Detran-MS (Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul). Maria relembra que assumiu as responsabilidades após a mãe ficar acamada. Desde 2016, as propriedades Casa Amarela, Fazenda Pontezinha e Vale Perdido recebem trilhas e passeios de aventura com guias.
São sete cachoeiras, entre elas: céuzinho, inferninho, da Barbie e do Véu. Há quedas de água e cascatas de tirar o fôlego, além de trajetos para esportes de aventura, por exemplo, o rapel.
Entretanto, o lixo deixado por banhistas é encontrado em várias partes. Maria conta que contratou um ajudante, mas o movimento de banhistas é intenso.
“Tem pessoas tomando banho todos os dias, tem lixo todos os dias. É impossível carregar o entulho diariamente. Eu cuido da minha mãe acamada, ela precisa de atenção 24h, pois, eu não saio de casa. Preciso de ajuda para quando precisa buscar remédio, comprar fralda. Além de recolher o lixo que deixam, temos que carregar para descartar em Campo Grande. Se acha muita garrafa de vidro, se isso cai na água pode causar um acidente”, descreve.
Potencial
Para se ter uma ideia do potencial turístico, o local é cercado pelo verde. Maria construiu uma varanda, tanques de peixe e até um bar. Contudo, ela reclama dos banhistas que invadem para “trazer problemas”.
“Tem semana que estou ligando para a polícia todos os dias. Há pessoas que chegam com o som alto, gritos. Tem dia que não temos paz nem de madrugada. Também tem dias que eu não durmo por preocupação com minha mãe. Espero que quando o parque chegue, que tenha cercas e trabalho da Guarda Municipal”.
Trilha e visitação das cachoeiras
Orçado em R$ 9,5 milhões
O projeto recebeu, na última quarta-feira (22), a licença prévia que autoriza atividades no local. A concessão está publicada no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande). Com isso, Parque Turístico Municipal, orçado em R$ 9,5 milhões, dá indícios de que finalmente sairá do papel.
A licença, emitida pela Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) à Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), tem validade de 12 meses, a contar do dia 30 de dezembro de 2024.
Vale lembrar que a previsão era que a obra fosse entregue ainda em 2024. No entanto, até o fim do ano passado o local se encontrava em completo abandono.
Após mais de um ano, desde o anúncio em 2023, o Parque Turístico Municipal nas Cachoeiras do Céuzinho dá indícios de que finalmente sairá do papel. Orçado em R$ 9,5 milhões, o projeto recebeu, nesta quarta-feira (22), a licença prévia que autoriza atividades no local. A concessão está publicada no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande).
Os aventureiros e amantes da natureza e trilhas vão contar com mais uma opção para explorar em campo Grande. A região da Cachoeira do Céuzinho, uma área de 28 hectares às margens da Estrada Municipal CG-060, inserida na Área de Proteção Ambiental da Bacia do Córrego Ceroula, já é conhecida de muitos.
Projeto do Parque Turístico do Céuzinho
O projeto que prevê quiosques, redários, playgrounds, museus, restaurantes, estacionamento, parquinho e apoio para trilhas.
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