Para promover a inclusão social e o reconhecimento dos direitos das PCDs (Pessoas Com Deficiência), o NIC (Núcleo Institucional da Cidadania da Polícia Civil), a partir do projeto ‘Servir e Proteger Inclusivo’, junto à Sejusp (Justiça, Segurança Pública e Cidadania), realizou uma mudança no registro dos boletins de ocorrência. A partir de agora, o sistema Sigo conta com um campo para especificar deficiências.
Sejam elas visíveis ou não, a alteração visa atender de maneira mais completa a população. Segundo a coordenadora e delegada do NIC, Maíra Pacheco, a alteração passou a ser analisada após a sociedade civil e as entidades governamentais trazerem demandas do grupo frente ao Sigo.
“Concluiu-se que o sistema necessitava de alterações e da inserção de terminologias mais atuais e corretas para a abordagem e o atendimento das pessoas com deficiência, a fim de erradicar práticas discriminatórias e promover a construção de uma verdadeira sociedade inclusiva”, avaliou.
O sistema com as alterações já implementadas oferece, no cadastro de indivíduos, uma funcionalidade própria que gera uma lista das mais diversas deficiências, o que para Maíra Pacheco, significa “um verdadeiro instrumento de ampliação do acolhimento e do respeito à cidadania na atuação da polícia judiciária”, reforçou.
Compilar dados é ajudar a cidadania
Para a subsecretária de Políticas Públicas para Pessoa com Deficiência, Telma Nantes de Matos, a alteração significa cidadania, inclusão e atendimento humanizado. Afinal, com a mudança será possível ter dados e análises mais concretas que vão embasar políticas públicas para a população.“Para nós, pessoas com deficiência, este momento é muito importante, porque conseguimos identificar onde essas pessoas estão e o que está acontecendo com elas. É mais uma ação de um governo inclusivo, que garante cidadania para todas as pessoas”.