Chuvas isoladas não amenizam o cenário de incêndios no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Na quinta-feira (24), o bioma registrou 317 focos ativos. A fumaça cobre a região de Corumbá e outras cidades do Estado nesta sexta-feira (25).
Os dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) indicam que a chuva reduziu a zero os focos no dia 19, contudo, houve crescimento gradativo a partir de segunda-feira, com 72 focos ativos. Na quarta-feira (23), foram 90.
Mesmo com o aumento de nebulosidade, chuvas e ameno no calorão, favorecidos pela frente fria influenciada pelo ciclone extratropical, os ventos espalham a fumaça das queimadas. O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) mostra que houve volume de 26 milímetros em Corumbá nas últimas 24h.
Em Campo Grande, a qualidade do ar está moderada, após dois dias com índice bom para a saúde humana. Já nas imagens de satélite do Zoom Earth, a fumaça vem da região pantaneira e de biomas de países vizinhos, como da Bolívia e Paraguai.
Incêndios graves
Em 24h, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) identificou o aumento de 21 para 90 focos de incêndio no Pantanal de Mato Grosso do Sul, entre terça (22) e quarta-feira. O número de focos ativos cresce, consumindo mais de 300 km² e ameaçando comunidades ribeirinhas.
Outro ponto de preocupação vem do estado vizinho, no Mato Grosso, com incêndios no Parque Nacional. Além da Brigada Alto Pantanal, o Prevfogo/Ibama e os Bombeiros estão atuando nesses incêndios em Mato Grosso do Sul. Do lado de Mato Grosso, que fica ali na divisa, no Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense, há brigadistas do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
A região enfrenta focos recorrentes de incêndio nas últimas semanas, o que levou à evacuação de funcionários e alunos da instituição. As equipes conseguiram extinguir o fogo e seguem monitorando a área para evitar novas ocorrências. Felizmente, não houve registro de vítimas durante a operação.
Já a região do Passo do Lontra, microrregião da Nhecolândia, conforme os Bombeiros, continua sendo uma das principais preocupações das equipes de combate, por causa da proximidade com áreas críticas, como as residências da comunidade local. Equipes formadas por militares de MS e Força Nacional de Segurança Pública permanecem no local realizando o monitoramento das áreas queimadas, a fim de prevenir os focos já combatidos e principalmente para garantir a segurança da população.