Uma jovem de 16 anos e seu pai morreram no Líbano em meio ao confronto entre Israel e Hezbollah no país
Da Redação –
Mirna Raef Nasser (Reprodução / UOL)
Mirna Raef Nasser, 16, nasceu em Balneário Camboriú (SC), mas se mudou ainda criança para o Líbano, informou o tio dela, Ali Bu Khaled. Túlio Amancio, da Band, anunciou o caso nesta quinta-feira (26), e o apresentador do UOL, Diego Sarza confirmou.
A jovem era vizinha de outro adolescente brasileiro, que também foi morto após um ataque aéreo. Eles viviam na cidade de Kelya, na região do Vale do Beqaa, a 30 quilômetros de Beirute. “Conversava sempre com o pai dele. Fiquei muito triste porque nos conhecemos desde pequeno”, disse Khaled à Globonews.
O tio contou que tentou ligar para o irmão para avisar da morte do amigo, mas ele não atendeu. “Aí, outro irmão ligou: ‘tão falando que atacaram a casa deles’”, relatou Ali Bu Khaled.
Mirna tem outros três irmãos, de 4, 10 e 12 anos. Segundo Ali, eles foram levados por outro tio para um local mais seguro próximo de Beirute, capital do Líbano.
Ali Bu Khaled também criticou a atuação de Israel no conflito. “Falam que atacaram base militar do Hezbollah, não tem nada disso. Tudo civil, posto de gasolina, mercado. (…) Fala de terrorismo, mas Israel não tem exército, eles têm um bando de assassinos. Exército não faz isso”.
Brasileiro de 15 anos e pai também foram vítimas
Ali Kamal Abdallah, 15, e seu pai, Kamal Abdallah, morreram por conta de um ataque aéreo na cidade de Kelya, a 30 quilômetros de Beirute. O menino nasceu em Foz do Iguaçu, no Paraná. Kamal não é cidadão brasileiro, e tem nacionalidade paraguaia.
O governo do Brasil condenou os ataques de Israel “contra zonas civis densamente povoadas” no Líbano. O Itamaraty emitiu uma nota no início da manhã desta quinta-feria (26) lamentando as mortes de Ali e Kamal.
Na ONU, Lula criticou ataques israelenses
Presidente Lula criticou os ataques de Israel no Líbano durante o discurso na ONU. Já o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, aproveitou seu discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, para alertar que o Líbano não pode ser a nova Faixa de Gaza.
Na última segunda-feira (23), o Itamaraty disse ter enviado instruções para a Embaixada do Brasil no Líbano para ser iniciado um processo de consulta com os brasileiros que vivem no país. O objetivo seria saber se o grupo quer ajuda do Estado para ser repatriado ou não.
Aqueles que optassem por continuar no Líbano deveriam sair das regiões do sul, mais próximas a Israel. Zonas de fronteira e outras áreas de risco também devem precisariam ser evitadas.
(Com informações do UOL)
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