A forte onda de frio que atinge as regiões NoSudeste e algumas partes do Centro-Oeste nos últimos dias acendeu um alerta importante para os pecuaristas. Ontem, durante o programa Mercado & Companhiafoi relatado que cerca de 120 bois morreram devido às baixas temperaturas em Mato Grosso do Sul. Nesse contexto, a atenção com a qualidade das pastagens e a alimentação dos rebanhos precisa ser redobrada, especialmente durante o inverno, que é sinônimo de seca em diversas regiões.
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No quadro Raio-X da Pecuária de hoje, Juarez Tomazi Filho, gerente regional do Paraná no Serviço de Inteligência em Agronegócios, compartilhou importantes orientações sobre o tema. Ele destacou que um rebanho bem alimentado e nutrido consegue enfrentar melhor as baixas temperaturas, ressaltando a importância da nutrição adequada, que combina o que o pasto oferece com suplementos para formar uma dieta equilibrada.
Juarez explicou que, no Brasil Central, o uso de pastagens de forrageiras é uma opção eficiente para alimentar o rebanho durante a seca. Espécies como braquiárias, pânicos e variedades anuais de inverno, como aveia e azevém, são indicadas, especialmente em áreas de integração lavoura-pecuária, onde o manejo adequado dessas pastagens é crucial para manter a produtividade.
Além disso, Juarez comentou sobre a viabilidade de expandir a produção de carne ou leite a partir do uso de pastagens de forrageiras de inverno para outras regiões do Brasil. Apesar das limitações impostas por fatores como temperatura e disponibilidade de água, há possibilidades de adaptação com o uso de irrigação, embora as variedades anuais de inverno sejam mais adequadas para as condições climáticas do sul do país.