A lista é extensa de itens apreendidos pela PF (Polícia Federal) na operação que afastou desembargadores pela suspeita de compra de sentenças no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), nesta quinta-feira (24), em Campo Grande. O Primeira Página teve acesso ao documento que descrimina a quantidade e quais itens foram confiscados durante os cumprimentos dos mandados de buscas e apreensões.
Veja abaixo os itens apreendidos:
- 39 celulares;
- 40 armas;
- R$ 2,7 milhões;
- US$ 181 mil;
- 22 cadernos;
- 15 pendrives;
- 2 computadores;
- diversos documentos.
Armas em gabinete
Duas armas foram encontradas dentro de gabinetes dos próprios desembargadores, no TJMS. Ao todo, 40 diferentes armamentos foram apreendidos pela Polícia Federal.
Outas armas foram achadas pelas equipes da PF nas casas de dois diferentes desembargadores. Nas residências, em específico, o Primeira Página apurou que os armamentos foram apreendidos na casa do magistrado afastado Vladimir Abreu da Silva.
O portal não conseguiu contato com as defesas dos citados.
Dinheiro com desembargadores
O desembargador recém-aposentado Júlio Roberto Siqueira Cardoso foi encontrado com R$ 2,5 milhões de reais em dinheiro vivo, em casa, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão contra ele, nesta quinta-feira (24). Além do montante em espécie nacional, também foram encontrados US$ 55 mil. No total, apenas com Júlio, foram apreendidos mais de R$ 2,8 milhões.
Ao todo, a PF apreendeu R$ 3,7 milhões entre os 27 alvos de busca e apreensão da Operação Ultima Ratio, que apura esquema de compra de sentenças judiciais.
Além das notas, que foram capazes de “abarrotar” uma mesa inteira da residência do desembargador aposentado, documentos, mídias, computadores e celulares foram apreendidos, no local.
Na casa de Renata Gonçalves Pimentel, filha do desembargador Sideni Soncini Pimentel, foram apreendidos US$ 125 mil. Além do montante em dinheiro, celulares e documentos foram confiscados pelas equipes da Polícia Federal.
Crime em família
O aspecto familiar chama a atenção em meio ao esquema de compra de decisões no Judiciário de Mato Grosso do Sul, investigado na Operação Último Ratio, deflagrada nesta quinta-feira (24) em Mato Grosso do Sul.
Entre os investigados estão os filhos advogados dos desembargadores e que tinham acesso “privilegiado” aos magistrados na negociação das sentenças, cita o delegado Carlos Henrique Cotta D’Angelo, superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul em entrevista exclusiva à TV Morena. (Confira acima).
O aspecto familiar chama a atenção em meio ao esquema de compra de decisões no Judiciário de Mato Grosso do Sul, investigado na Operação Último Ratio, deflagrada nesta quinta-feira (24), em Mato Grosso do Sul.
Entre os investigados estão os filhos advogados dos desembargadores e que tinham acesso “privilegiado” aos magistrados na negociação das sentenças, cita o delegado Carlos Henrique Cotta D’Angelo, superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul em entrevista exclusiva à TV Morena. (Confira acima).
O envolvimento das famílias dos desembargadores no esquema foi descoberto graças às quebras de sigilo telefônico de pais e filhos, realizadas no decorrer da apuração. A PF chegou até o esquema de corrupção no alto escalão do Judiciário de Mato Grosso do Sul. Os principais alvos da operação são:
- Sérgio Fernandes Martins – atual presidente da Corte
- Vladimir Abreu – vice-presidente eleito para assumir o biênio 2025/2026
- Sideni Pimentel – presidente eleito para assumir o biênio 2025/2026
- Alexandre Aguiar Bastos – desembargador
- Marcos Brito – desembargador