Desde o início do ano, 16 pessoas morreram em decorrência da Influenza A em Campo Grande, número mais de cinco vezes maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando três pessoas haviam morrido por causa da doença.
Além disso, o monitoramento realizado pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (CIEVS-Sesau) mostrou ainda que o número de casos confirmados de Influenza A triplicou em Campo Grande, também em comparação com o mesmo período do ano passado.
Em 2024, já foram notificados 162 casos, contra 51 registrados em 2023.
Quanto aos óbitos, a maioria (10) foi de idosos acima de 60 anos, que fazem parte do público prioritário para a vacinação. Na sequência, estão pessoas dos 50 aos 59 anos. Confira o levantamento:
No dia 30 de abril, a Sesau decretou situação de emergência por conta do aumento de casos de síndrome respiratória que acarretou superlotação nas Upas e Hospitais da Capital.
Já em 1º de maio, a pasta anunciou que a vacina seria ampliada para toda a população – com mais de 6 meses de vida. Desde então, a vacina está sendo oferecida nas unidades de saúde de Campo Grande. A dose protege contra três tipos de vírus influenza: A – H1N1 e H3N2; e influenza B – linhagem Victoria.
A relação de unidades, endereços e horários para vacinação podem ser consultadas no site da Sesau (confira aqui).
Óbitos por síndromes gripais chegam a 101 na Capital
Segundo a Sesau, o tempo seco e as temperaturas mais baixas são a combinação ideal para o aumento das doenças respiratórias e síndromes gripais, que podem afetar todas as idades, principalmente crianças e idosos que têm o sistema imunológico mais suscetível.
Este ano, 101 óbitos foram registrados por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dessas mortes, quase metade das vítimas (49) tinha 70 anos ou mais.
Como as pessoas também têm o hábito de passar mais tempo em ambientes fechados e com pouca ventilação, o contágio é facilitado.
Sintomas
Os vírus da influenza causam infecções no trato respiratório humano. existem quatro tipos da influenza: A, B, C e D.
Para os humanos, os dois tipos que mais impactam a saúde são o A e o B. Os de tipo A são os conhecidos por causar emergências de saúde pública, como no caso da pandemia de 2009 (causada pelo vírus H1N1 da influenza A). Os vírus da influenza A são divididos em subtipos, com base em duas proteínas presentes nas superfícies do agente infeccioso: a hemaglutinina (H) e neuraminidase (N). Daí deriva sua classificação específica, como H1N1 e H3N2, por exemplo.
De modo geral, os sintomas começam a se manifestar entre o primeiro e o quarto dia da infecção e os mais comuns são:
- Febre;
- Calafrios;
- Tosse;
- Dor de garganta;
- Nariz escorrendo ou entupido;
- Dor muscular e/ou corporais;
- Dor de cabeça;
- Fadiga (cansaço);
- Vômito e diarreia, mais comum no público infantil.
A maioria das pessoas se recupera em menos de duas semanas, mas alguns indivíduos podem apresentar complicações, como Pneumonia.
Prevenção
A gripe por influenza A pode ser prevenida através da vacinação. Os imunizantes disponibilizados pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) são compostos a partir de RDC da Anvisa, que avalia as cepas em circulação dos tipos A e B da influenza nas temporadas de circulação do vírus.
Outras medidas não-farmacológicas colaboram para a não infecção, como lavar as mãos com frequência, utilizar máscaras e priorizar ambientes com circulação do ar.