Nos primeiros cinco meses deste ano, 17 mulheres foram vítimas de feminicídio em Mato Grosso do Sul, o que representa quase o dobro da quantidade de casos registrados no mesmo período do ano passado, quando o Estado tinha 9 óbitos por esse tipo de crime.
Os dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) mostram ainda que o índice é o terceiro maior nos últimos dez anos, ficando atrás apenas de 2022, quando foram registradas 20 ocorrências de janeiro a maio, e de 2020, que teve 18 casos no mesmo período.
Confira o levantamento:
De novo |
Qtd. de Feminicídios de janeiro de maio.
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2015 | 1 |
2016 | 14 |
2017 | 13 |
2018 | 16 |
2019 | 15 |
2020 | 18 |
2021 | 17 |
2022 | 20 |
2023 | 9 |
2024 | 17 |
No ano passado, o Estado havia conseguido reduzir significamente os índices relativos ao crime, finalizando o ano com queda de 31,8% no número de casos se comparado com 2022. Em todo o ano, foram 30 ocorrências, frente 44 do ano anterior.
Em 2024…
Os meses com maiores índices são fevereiro e abril, com 5 feminicídios em cada. Maio foi o com menos óbitos, com um registrado. O caso em questão foi o da corretora Amália Cristina Mariano Garcia, que inicialmente era tratado como latrocínio (roubo que resulta em morte), mas passou a ser interpretado como feminicídio no decorrer das investigações.Fonte: Sejusp
Histórico
Em 2023, 30 mulheres foram vítimas de femincídio no Estado. O ano anterior, 2022, havia sido o recorde no número de casos desde que a lei foi instituída, em 2015. Foram 44 vítimas registradas no sistema da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp).
Em 2021, o Estado registrou 37 feminicídios. No ano de 2020, 41 mulheres foram mortas por serem mulheres. Em 2019, foram 30 vítimas; e em 2018, 36.
Em 2017, o número de vítimas foi de 33 mulheres. No ano de 2016, o Estado computou 36 feminicídios, e em 2015, 18.
DENUNCIE
Sem sair de casa:
Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher faz uma escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.
O serviço também fornece informações sobre os direitos da mulher, como os locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso: Casa da Mulher Brasileira, Centros de Referências, Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam), Defensorias Públicas, Núcleos Integrados de Atendimento às Mulheres, entre outros.
A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. São atendidas todas as pessoas que ligam relatando eventos de violência contra a mulher.
O Ligue 180 atende todo o território nacional e também pode ser acessado em outros países.
Registre a denúncia no site da Polícia Civil
Se não puder sair de casa ou usar o telefone, acesse o site www.pc.ms.gov.brclique no link “B.O. ONLINE – DELEGACIA VIRTUAL” e, no Serviço ao Cidadão, clique em “REGISTRAR DENÚNCIA – Violência contra a mulher”preencha os campos com as informações solicitadas (você não precisa se identificar). Nesse canal, também é possível fazer denúncia de violência contra criança e de violência contra pessoa idosa.
É possível também fazer a denúncia online na Polícia Civilpor meio de aparelho celular, no aplicativo MS DIGITAL, no ícone Segurança. O aplicativo está disponível nas nas lojas virtuais para versões IOS e Android, o MS Digital foi desenvolvido para reunir o máximo de serviços públicos, ocupando pouco espaço nos aparelhos celulares.
SE PUDER COMPARECER À UMA DELEGACIAvocê fará o registro do boletim de ocorrência, narrando os fatos para a autoridade policial e dando início à investigação criminal.
Em Campo Grande, em caso de violência contra meninas (menores de idade) ocorrida no período noturno ou finais de semana, a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), localizada na Casa da Mulher Brasileira, faz o atendimento e posterior encaminhamento para a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente (DEPCA) .
CASA DA MULHER BRASILEIRA
A Casa da Mulher Brasileira instalada em Campo Grande completou 9 anos em fevereiro de 2024, e foi a primeira a ser criada no país.
O local oferece acolhimento de mulheres e filhos, triagem, serviço de saúde, hospedagem temporária, apoio psicossocial, delegacia, juizado, Ministério Público, Defensoria Pública, promoção de autonomia econômica, atenção com os filhos da mulher como brinquedoteca, alojamento de passagem e central de transportes.
Órgãos do governo do Estado e prefeitura estão vinculados a Casa da Mulher Brasileira, como Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), Secretaria de Assistência Social (SAS), Centro de Referência da Saúde da Mulher (CEAM), Casa Abrigo, Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL), Polícia Militar (PMMS), Polícia Civil (PCMS), entre outros.
A Casa da Mulher Brasileira está localizada na rua Brasília, Jardim Imá, em Campo Grande, próxima ao Aeroporto Internacional da Capital.
O local funciona 24 horas, inclusive em finais de semana e feriados. O telefone para contato é o (67) 2020-1300.