Em Nioaque, um homem, ainda sem identificação confirmada, fingiu ser um juiz e aplicou golpe de R$ 2,2 mil em motorista de 43 anos, também sem ter seu nome revelado.
Segundo consta no boletim de ocorrência, a vítima recebeu uma ligação de uma moça chamada Solange, da Secretaria de Educação do Município de Nioaque, dizendo que entraram em contato com ela para indicação de um motorista que poderia fazer o serviço para um juiz que chegaria na cidade.
O rapaz se interessou e recebeu outra ligação, desta vez de um número desconhecido e com DDD de Minas Gerais (38). A pessoa por trás deste número afirmou ser o Doutor Marco Antônio e que pagaria a diária de R$ 500 pelo serviço de motorista prestado.
Diante da aceita da vítima, foi solicitado que fosse enviado, via WhatsApp, foto da sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH), foto de documentos do seu carro e dados bancários.
Porém, posteriormente, recebeu uma nova ligação do mesmo homem que dizia ser o juiz que chegaria à cidade, do qual o homem fez um pedido à vítima. Ele solicitou que o homem fizesse um PIX para ele, a fim de pagar a equipe de segurança, alegando que seu limite de Transferência Eletrônica Digital (TED) já tinha excedido.
Ao todo, a vítima fez três pagamentos instantâneos ao golpista (R$ 980,00; R$900,00 e R$300,00), todas elas para o CPF de Juliano O. Santos. Ainda, na quarta solicitação, essa que seria de R$ 890,00, foi avisado por uma amiga que este caso poderia se tratar de um golpe.
Após ser alertado pela colega, ligou novamente para o suposto juiz, pedindo a localização do golpista. Porém, a chamada foi prontamente cancelada e todas as mensagens foram apagadas.
A vítima ainda tentou pedir estorno no Banco do Brasil, mas foi informado que não teria como fazer essa transação. No total, o prejuízo do homem foi de R$ 2.180,00.
O caso aconteceu em Nioaque, município a 183 km de Campo Grande, na manhã desta sexta-feira (21), mas foi registrado horas depois na Delegacia de Polícia do município.
Confira as principais modalidades de “golpes do Pix” e saiba como se proteger
A popularidade do uso do pix tornou os golpes cada vez mais comuns, já que através do método o pagamento pode ser feito de forma fácil e rápida.
Como destaca o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), os golpistas estão sempre criando novas formas de enganar as pessoas, e por isso é importante tomar cuidado e se atentar às dicas de segurança para não cair nos golpes.
Confira abaixo alguns dos golpes mais comuns, para saber identificá-los e previní-los:
Falso Pix
Este golpe é mais comum quando o criminoso vai efetuar o pagamento de algum produto ou serviço adquirido. É apresentado um comprovante de Pix falso, e a vítima, acreditando que o valor foi creditado, libera o produto ou serviço antes de verificar a transação. Para evitar esse tipo de fraude:
Verifique o saldo da conta: não confie apenas no comprovante. Sempre confirme o recebimento do valor diretamente na sua conta;
Espere a confirmação: para valores maiores, aguarde a confirmação do banco antes de liberar o produto ou serviço.
Golpe do Pix errado
Neste tipo de fraude, o golpista envia um Pix para a vítima e, em seguida, entra em contato alegando que foi um erro e pedindo a devolução do valor.
O golpe ocorre porque os golpistas contam com a boa-fé da vítima para devolver o dinheiro, pedindo um valor maior do que foi inicialmente enviado, acelerando e confundindo a pessoa e fazendo com que ela devolva um valor superior. Para se proteger:
Verifique a origem do Pix: antes de devolver qualquer valor, consulte seu extrato bancário e confirme se a transação foi realmente um erro;
Entre em contato com o banco: solicite orientação ao seu banco sobre como proceder em caso de recebimento de um Pix suspeito.
Clonagem de WhatsApp
Neste tipo de golpe, os criminosos clonam o aplicativo de mensagens de uma pessoa e entram em contato com seus amigos e familiares, pedindo dinheiro com urgência.
A abordagem geralmente inclui uma história convincente para justificar a necessidade de uma transferência imediata. Para se proteger:
Desconfie de pedidos urgentes: sempre confirme a veracidade das mensagens diretamente com a pessoa, utilizando outro meio de comunicação;
Evite compartilhar códigos de verificação: nunca forneça o código de verificação do WhatsApp para ninguém;
Ative a verificação em duas etapas: essa medida adiciona uma camada extra de segurança ao seu WhatsApp. Saiba como ativar com o suporte oficial do WhatsApp.
Falsa central de atendimento
Nesse tipo de golpe, criminosos se passam por funcionários de bancos ou instituições financeiras, alegando problemas na conta e pedindo dados pessoais e senhas.
Eles podem ligar ou enviar mensagens que parecem autênticas, criando um senso de urgência para enganar a vítima. Para evitar cair nesse golpe:
Desconfie de contatos não solicitados: bancos não pedem informações sensíveis por telefone ou mensagem;
Verifique sempre: entre em contato diretamente com o banco usando um canal oficial informado em seu site para confirmar qualquer solicitação;
Nunca forneça senhas: mantenha suas senhas seguras e não as compartilhe com ninguém, principalmente por mensagens ou ligações.
Robô do pix
Os golpistas fazem contato por mensagens ou anúncios nas redes sociais, oferecendo oportunidades de investimento com retornos altos e imediatos. Para participar, a pessoa deve fazer um Pix para uma conta indicada pelos golpistas.
Após receberem o dinheiro, eles cortam o contato e desaparecem com o valor. Para se proteger:
Cuidado com promessas de lucro fácil: desconfie de ofertas que parecem boas demais para serem verdade;
Pesquise a fonte: verifique a legitimidade da oportunidade e do remetente antes de fazer qualquer transferência;
Desconfie de urgências: na maioria dos casos, propostas que exigem decisões rápidas podem ser armadilhas.