Nos últimos anos, Mato Grosso do Sul tem apresentado queda na natalidade, ou seja, menos bebês estão nascendo. Em contrapartida, o número de pais ausentes só cresce no Estado.
O termo “pai ausente” é utilizado pelo Portal do Registro Civil para se referir aos casos em que a certidão de nascimento do recém-nascido é emitida sem o nome do pai no registro.
Segundo dados da transparência do Registro Civil, de janeiro a junho deste ano, 20.146 bebês nasceram no estado, e 1.469 deles não têm o nome do pai na certidão de nascimento. O número representa 7,3% dos nascidos, o que significa que, em média, um em cada 14 bebês nascidos no período não tem vínculo com o pai no documento.
No mesmo período do ano passado, 22.511 haviam nascido, e 1.433 tinham pai ausente, número que representa 6,3% dos bebês nascidos.
Em comparação com o ano passado, o número de nascimentos apresentou queda de 10,5% no primeiro semestre deste ano. No entanto, o número de pais ausentes teve um leve aumento de 2,5%, o que indica que pais ausentes estão cada vez mais comuns em MS.
Números anuais
Mato Grosso do Sul tem uma média de 2.700 pais ausentes por ano, e vem em uma crescente no número de bebês com ausência paterna no registro desde 2018.
O ano de 2022 foi o com maior índice de pais ausentes da série histórica, com 6,8% dos nascidos sem o nome do pai na certidão de nascimento. Confira:
DE NOVO | NASCIMENTOS | PAIS AUSENTES | DESLIGADO/NAS |
---|---|---|---|
2023 | 42.442 | 2.782 | 6,5% |
2022 | 40.783 | 2.773 | 6,8% |
2021 | 43.439 | 2.721 | 6,2% |
2020 | 42.822 | 2.612 | 6,1% |
2019 | 46.274 | 2.763 | 6% |
2018 | 46.764 | 2.843 | 6,1% |
2017 | 47.043 | 2.416 | 5,1% |
2016 | 46.999 | 2.461 | 5,2% |
Saiba: Ter o nome do pai na certidão de nascimento é um direito da criança, garantido na Constituição e no Estatuto da Criança e do Adolescente. Além do valor afetivo, o registro paterno assegura direitos legais, como recebimento de pensão alimentícia e de herança.