Entre os Estados com a tarifa de energia mais cara do pais, o Mato Grosso do Sul é o sexto Estado brasileiro que mais busca através de pesquisas online por economia de energia.
A pesquisa feita pela empresa Descarbonize Soluções aponta que o Estado têm um alto índice de buscas no Google, na procura de dicas para economizar no uso energia, e consequentemente, diminuir o valor pago pela conta de luz.
De acordo com a pesquisa, o Estado do Amapá lidera na lista de consumidores que buscam economizar energia no país, Roraima e Rondônia completam o pódio.
Mesmo que os estados que lideram o ranking estejam localizados, principalmente, no norte do país, quando se fala de região, o estudo mostra que a Centro-Oeste é a que lidera o pódio de buscas no Google por economia de energia.
Entre os Estados do Centro-Oeste, o Distrito Federal é o que mais busca na internet por alternativas de economia de energia, e logo atrás, em segundo, está o Mato Grosso do Sul. O estudo considera o período de um ano de levantamento, no intervalo entre agosto de 2023 a julho de 2024.
Tatiane Fischer, CMO da Descarbonize Soluções, analisa os rankings em comparação às taxas de energia. “Os números fazem ainda mais sentido quando se relaciona o ranking com as tarifas energéticas dos estados do Brasil. As regiões Norte e Centro-Oeste realmente estão entre as que possuem as taxas mais altas do país. Os rankings refletem a necessidade da população das regiões que pagam mais pela luz em encontrar formas de poupar energia e dinheiro com essas contas”, disse Tatiane.
Para o desenvolvimento da pesquisa, foram levantados os volumes de busca no Google no último ano para termos relacionados à economia de energia. Foram percebidos como os mais utilizados os seguintes termos: economia na conta de luz, economizar na conta de luz, economizar luz, economia de energia, economizar energia, como economizar energia e como economizar luz.
IMPACTOS DO CLIMA
De acordo com a empresa Descarbonize Soluções, que realizou este levantamento, o aumento da conta de energia é uma resposta às condições climáticas atuais do Brasil.
Com a previsão de chuvas inferiores à média para setembro e os reservatórios das hidrelétricas estando abaixo de seus níveis padrões, em função da seca, o país precisa recorrer ao uso de suas termelétricas, que geram energia de forma mais cara e menos eficiente.
Esse valor adicional é repassado para a população através da conta de luz, resultando em um aumento significativo para o consumidor final.
“Este é um período em que é normal acontecer alguns ajustes tarifários em função dos efeitos climáticos. Em breve, entraremos também no verão, e a conta de luz segue sendo uma vilã nas casas brasileiras em função da maior utilização de eletrodomésticos como ares condicionados e ventiladores. Com essas previsões, e com o cenário ambiental em estado crítico, a energia solar segue sendo a alternativa mais interessante”, explica Fischer.
AUMENTO DO CONSUMO
Conforme noticiado pelo Correio do Estado, em pesquisa realizada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, no mês de maio, Mato Grosso do Sul apareceu como o estado que registrou o maior aumento no consumo de energia elétrica do país.
Devido às fortes ondas de calor e escassez de chuva, todos os estados apresentaram um aumento significativo no consumo de eletricidade.
No ranking nacional, MS apareceu em 1° com 13,3% de aumento no consumo, logo em seguida está o estado do Paraná (10,7%), São Paulo (10,3%) e Amazonas (8,9%). Rondônia e Rio Grande do Sul tiveram queda no consumo em -2,6%.
Em Mato Grosso do Sul, o consumo foi de 592 mw, enquanto a geração registrou 753 mw.