Pré-candidata pelo União Brasil, Rose Modesto abre mais uma semana de entrevistas nesta segunda-feira (22) – iniciativa Correio do Estado e CBN com expoentes que mostram intenção de concorrer à Prefeitura de Campo Grande -, anunciando que o micro e pequeno empreendedor que teve dificuldade de acesso ao Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) por falta de garantia real, terá um novo fundo aliado a partir de maio a preço de 1% ao mês.
Titular da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), ainda no anúncio da candidatura ela havia sinalizado a permanência no cargo até pelo menos o começo de maiomostrando ainda o que devem ser as últimas movimentações em favor do acesso ao crédito para os micro e pequenos empreendedores.
Em sua fala, ela detalha que suas primeiras ações na Superintendência foram justamente para fazer com que o “FCO” chegasse a esse público, listando inclusive a Caravana da Sudeco como uma dessas iniciativas facilitadoras.
“Sudeco não é banco, ela faz o planejamento, senta e cuida com as instituições financeiras para cobrar o melhor resultado, é o que estamos fazendo. A gente percebeu que a falta de acesso de algumas empresas estão muito vinculadas à falta de garantia real que o banco exige”, expõe.
Diante disso, ela esclarece que será retomado o uso do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (FAMPE), que será o garantidor a partir do mês de maio, “para garantir para as empresas que não conseguem deixar o que o banco exige”.
Vale apontar que esse FAMPE trata-se do fundo de aval específico administrado pelo próprio Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com previsão de trabalhar com R$ 30 bilhões no País, para garantir essas pequenas operações para micro-empresas, comenta Rose Modesto.
Apesar da parceria com o Sebrae nacional para o retorno do FAMPE como garantidor, ela destaca que, mesmo indo para cima das instituições financeiras, há ainda muitos casos de negativados e restrições: “e aí banco é banco, não conseguem pegar o dinheiro”.
“E a 1ª vez que (o FAMPE) vai operar com o FCO. Fizemos um termo de cooperação, assinamos e foi validado pelo Sebrae nacional com a Sudeco… quando não tiver a garantia real, vai pagar 1% a mais no mês para não precisar ter o que o banco vai exigir, e contrata o fundo de aval”, explica Rose Modesto.
Além disso, ela complementa que também será a primeira vez que foi separado um montante de R$ 1 bilhão para o Centro-Oeste para o micro-crédito.
Visão para a Capital
Rose Modesto surgiu como a terceira via na disputa pela prefeitura do maior colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul, que possui 639.873 eleitores, de um total de 1.996.510 no Estado.
Considerada a “joia da coroa” para os maiores partidos políticos sul-mato-grossenses, Rose aparece na disputa pela prefeitura da Capital dizendo que seu foco é apresentar a pré-candidatura que mostre à população o quanto se preparou e está disposta, além de que não tem que “escolher adversário”.
“Tenho conversado com partidos que ainda não manifestaram intenção de candidatura. PRD, PDT, com o pessoal também do DC, e dialogado com partidos que tem pré-candidaturas… que até o período de registro, no mês de julho, pode ser que alguém desista de colocar o nome”, indica.
Sobre seu arco de aliança, ela argumenta deve se unir com quem acredita no mesmo projeto listado em seu plano de governo, “que está sendo construído ouvindo a população”, indica Rose Modesto.
“Temos formas de enxergar as políticas públicas, com foco em gestão eficiente, e todos os partidos que independente de questões ideológicas políticas, vale a pena acreditar nas propostas e essas pessoas que quero”, expõe.
Eduardo Riedel, governador de Mato Grosso do Sul, também é citado na fala de Rose Modesto como “boa experiência que precisa ser copiada”, dizendo que o mandatário durante campanha eleitoral soube compreender a importância de “fazer política com todo mundo”.
“Fui eleita deputada federal, não tive apoio do Bolsonaro e PSDB tinha outro candidato, e votei pauta da direita, como, por exemplo, o voto auditável… como votei o vale-gás que era pauta de esquerda, e por quê? Porque ambos interessavam a maioria da população”, diz ela.
Para Rose, durante seus 14 anos de vida pública, defendeu pautas de direita “para avançar” e que as consideradas de esquerda são importantes no campo social, pois ajudam a transformar a vida de quem mais precisa.
Defensora das urnas e voto auditável
Questionada ainda no bojo de sua posição a favor do voto auditável, como bem ressaltou em sua fala, Rose Modesto se limitou a dizer que “transparência nunca é demais e nunca será”.
“Quando você faz uma compra e te dão o valor da conta… quando você traz para casa e tem a oportunidade se há alguma dúvida de conferir, qual é o crime e problema disso?”, questionou.
Ainda assim, apesar de dizer que o movimento em busca de votos auditáveis, que chegou a ser encarado por autoridades como afronta ao sistema eleitoral, tratou-se de uma busca por transparência, a posição de Rose é de quem busca “agradar a gregos e troianos”.
“Confio nas urnas. E defendo o direito de quem tem dúvidas. Não votei projetos por presidente A ou B, votei pautas que a grande maioria desejava”.
Saúde e transporte
Da sua visão sobre a situação da saúde de Campo Grande, ela diz que saúde é um problema antigo não solucionado nas várias trocas de prefeito há cerca de 10 anos, mas que é algo possível de serfeito e que não se trata da falta de dinheiro.
“Temos orçamento previsto na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). Precisamos reestruturar carreira dos servidores; investir na saúde preventiva, começando pela atenção básica, o agente de saúde e equipamentos que ele precisa ter; aumentar a equipe de saúde da família, o que pode desafogar os atendimentos nas UPAS”.
Entre as ideias ela lista criar uma central de telemedicina, além de modificar e descentralizar o modelo de licitação para compra de medicamentos, que hoje são feitos, segundo a pré-candidata, “no mesmo lugar onde se compra um parafuso”.
Dizendo que é a estrutura de prédio e pessoal que precisa ser bem cuidada, ela argumenta que os 27,5% do orçamento municipal – que se alega ser gasto com saúde (cerca de R$ 1,7 bi) – “se fosse bem investido teríamos um resultado melhor, não teria falta de medicamentos nem de pediatra”.
Para ela é a estrutura de prédio e pessoal que precisa ser bem cuidada, argumentando que os 27,5% do orçamento municipal – que se alega ser gasto com saúde (cerca de R$ 1,7 bi) – “se fosse bem investido teríamos um resultado melhor”, não acarretando nem falta de medicamentos, nem de profissionais.
Ainda que seja a favor do hospital municipal, ela frisa que enquanto a construção desse não sai do papel, é precisar fazer rodar melhor o que já acontece, como aumento de repasses à Santa Casa.
“Já passou da hora de discutir um hospital pediátrico também. Temos a Cândido Mariano e ali do lado podia ser o hospital infantil, a criança hoje vai para ambientes que não são propícios”.
Já sobre o transporte público ela cita os excessos de reclamações por parte da população, sendo necessário “passar uma lupa” nos contratos para que o estabelecido seja executado e, caso não esteja sendo cumprido, que se abra mão do acordo com o Consórcio Guaicurus
“Tem mais de 4 mil pontos, menos da metade estão cobertos, os terminais é o consórcio que tem responsabilidade de cuidar. Os corredores, infelizmente, não atendem a necessidade e não resolveu o problema. Lá estabelece e é fazer valer o que está em contrato” completa.
Sobre a tão falada “tarifa zero”, Rose acha difícil trabalhar esse modelo na Capital, enquanto ainda se luta para que o mínimo necessário seja cumprido.
Valorização local
Outras medidas de Rose passam por uma valorização local, com a pré-candidata listando tornar o Centro da cidade mais atrativo, até mesmo com eventos culturais, além de rediscutir o estacionamento na região central para um valor mais baixo.
Aproveitando que Campo Grande será uma rota logística, diante da Rota Bioceânica, Rose espera – se eleita – atrair empresas e indústria e mira a capacitação através de cursos técnicos como solução, dizendo que esses empreendedores precisam enxergar que aqui há mão de obra capacitada, além de propiciar mais incentivos.
“Quando a gente fala que a gente está erradicando a extrema pobreza, não dá para dizer isso quando tem gente que não tem banheiro e está morando debaixo de lona. Acabar com os invisíveis. Campo Grande vai olhar para todo mundo. Aí é colocar de recurso próprio, mas cuidar dos programas que existem”
Autointitulada como pertencente ao “centrão”, Rose afirma que o povo “não está nem aí” com direita e esquerda, e que apesar de votar em quem acredita, o eleitor busca resultados, seja por vagas em creche ou no transporte público.
“Imagina você não comemorar a vinda de novas plantas e frigoríficos que estão vendendo mais carne e vai gerar mais emprego. Como superintendente da Sudeco estava vibrando alegre e feliz, seja com Lula e Bolsonaro, na hora do resultado não importa cor de partido e bandeira”, relembra ela.
A pré-candidata termina alegando que justamente essa, considerada “terceira via alternativa”, pode inclusive ser a união da população local.
“Essas brigas já acabaram com o almoço de muita família, é o momento de pensar como resolver os problemas e entregar para a população o que ela merece”, conclui.
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