Eli Álvaro Silva Resende, de 41 anos, o músico morto na madrugada deste domingo (19), em Três Lagoas, iria para Franca, no interior de São Paulo, para casar com a atual namorada. A autora, uma mulher ainda não identificada, fugiu após o crime e ainda não foi localizada. Eli foi assassinado com um tiro na cabeça.
Ó Jornal Midiamax conseguiu contato com a companheira de Eli pelas redes sociais. Bastante emocionada em uma mensagem de voz, Gabriela Tardelli conta que Eli foi morto pela ex-esposa, que invadiu a casa dele. “Mataram o amor da minha vida, arrancaram de mim o amor da minha vida. Ele iria vir para cá, estava tudo certo. Essa mulher tirou o amor da minha vida, por doença, não sei. Eles nem estavam mais junto há nem sei quanto tempo”.
Com a voz tomada pelo choro, Gabriela conta que ela e Eli se conheceram por meio da religião, o Candomblé. “Ele era irmão de santo do meu pai de santo. Começamos a conversar por amizade, eu na minha cidade e ele na dele (…) Todo dia a gente se ligava e conversava, iríamos casar um com o outro”, explica.
O músico ficou 15 dias em Franca, onde Gabriela mora. A companheira relembra com carinho dos momentos. “Foram os melhores 15 dias da minha vida. O que a gente teve foi um encontro de almas, uma conexão de outras vidas”, explica.
Três dias antes de ser assassinado, Eli havia postado foto com Gabriela e a filha dela, declarando-se para a amada. “Felicidade vire rotina”, escreveu. Em outra postagem, demonstrou o carinho pela amada. “Te amo Gabbs”.
Algumas horas após o crime, a companheira divulgou uma carta aberta ao músico. “Você foi meu dia de sol mais bonito, você me salvou de todas as formas que alguém poderia ser salva. Eu lembro de todas nossas conversas, de você me falando o quanto você estava feliz comigo e com a nossa família, Lembro do seu sorriso, do seu olhar dengoso”, escreveu.
Amigos em choque
Nas redes sociais, amigos de Eli Álvaro expressam pesar pela morte de ‘Teko do samba’, como o músico era conhecido. Uma amiga de Eli manifestou estar “em choque” com a morte.
Outro amigo comenta que, com a morte de Eli, a música da cidade perde um grande nome. “Os melhores pagodeiros indo morar no céu. Cleitinho pagodeiro, Pérola Negra e agora nosso querido Teko”, diz.
Irmão de Santo, Eli se demonstrava forte ativista que lutava pelo fim da intolerância religiosa. “Respeite nossa Fé, respeite nosso culto. Não fazemos mal a ninguém apenas louvamos nossos Orichas, nossos Elementos da Natureza”, publicou.
Vizinhos ouviram discussão
O crime aconteceu por volta das 4 horas da madrugada quando vizinhos ouviram uma discussão e um único disparo. Para os policiais, as testemunhas contaram que a mulher teria dito, “Você teve com outra aqui né filho da p*, está me traindo.”, e logo em seguida a briga veio o disparo.
Logo após os tiros, o barulho de uma motocicleta foi ouvido pelos vizinhos que ao saírem para ver o que havia ocorrido encontraram o morador morto com um tiro na cabeça, na varanda de casa. Segundo as testemunhas, Eli morava sozinho.
O caso é investigado e não há informações sobre quem seria a mulher que estava com a vítima antes da morte dela.