Sônia Obelar Gregório, de 42 anos, foi presa em Curitiba após mais de um ano de fuga. Ela é acusada de deixar o ex-namorado, o tatuador Leandro Coelho Marques, cego ao atacá-lo com soda cáustica. A prisão foi efetuada pela Polícia Civil do Paraná na última terça-feira (25), após monitoramento da residência onde Sônia estava escondida.
A agressão ocorreu em 22 de fevereiro do ano passado, na rua Cajazeiras, bairro Aero Rancho, em Campo Grande. Leandro voltava da academia quando foi surpreendido pela ex-namorada, que jogou uma caneca de soda cáustica em seu rosto. Ele perdeu a visão, passou por cinco cirurgias, e teve o olho direito removido.
Sônia estava foragida desde março do ano passado, quando a Vara Criminal de Campo Grande emitiu um mandado de prisão por lesão corporal gravíssima. Segundo o delegado Nasser Salmen, a polícia recebeu informações de que Sônia planejava fugir novamente. “Fizemos um trabalho de análise da residência porque tínhamos a informação de que ela iria embora ontem (terça-feira). No mesmo dia em que ela iria embora, quatro agentes, após monitoramento do local, a prenderam”, explicou.
A prisão de Sônia trouxe alívio para a família de Leandro. “Justiça está sendo feita”, disse Jaqueline Romeiro, irmã do tatuador, em entrevista ao site TopMidiaNews. “Sempre soube que esse dia ia chegar. Sou muito grata por isso, pois não foi um caso esquecido.” Ela destacou o apoio que a família recebeu e expressou esperança de que seu irmão possa voltar a enxergar de um dos olhos. “Está nas mãos de Deus”, afirmou.
Jaqueline também compartilhou seu desejo de perdoar Sônia. “Meu irmão te perdoou, eu também. Cada um oferece o que tem e o meu coração e da minha família não tem espaço para mágoas. Eu fiquei furiosa, mas graças ao meu bom Deus, não te encontrei e passou.” Ela ainda espera que Sônia se arrependa do que fez. “Nada escapa dos olhos de Deus e você sabe disso, essa hora ia chegar, mais cedo ou mais tarde”, concluiu.
A Polícia Civil do Paraná informou que Sônia será encaminhada ao sistema penitenciário e, posteriormente, transferida para Campo Grande, onde responderá pelo crime. A prisão representa um passo importante para a família de Leandro, que busca justiça e recuperação após a tragédia.