A mulher, de 36 anos, esfaqueada pelo ex-companheiro, de 41 anos, no dia 27 de maio deste ano, no Jardim Canguru, em Campo Grande, explicou que não tem mágoa do suspeito, com qual conviveu cerca de 20 anos, mas teve o casamento interrompido pelo ciúme, sentimento de posse e o lado controlador dele.
Ela também aproveitou a visita da reportagem do TopMídiaNews na residência em que mora, para negar que houve qualquer tentativa de estupro por parte do homem. Ele esteve no local por um único motivo: reatar o casamento.
“É mentira, em nenhum momento, nem lá na delegacia, eu disse que foi tentativa de estupro. Ele veio me procurar, como várias outras vezes, que como a gente viveu há 20 juntos, mas nem quando a gente estava junto, ele nunca tentou me estuprar”, disse a mulher, que retornou para a casa após um período internada.
Ela foi atingida por cerca de cinco facadas na região do abdômen e das costas. Mas nem por isso ela sente rancor ou procurou prejudicar o ex-companheiro. A vítima só se disse surpresa com a reação dele, pois ele nunca havia tido qualquer reação exagerada desde que iniciaram o relacionamento.
“Até eu estou surpresa. Eu não tenho mágoa, era para eu ter, porque eu tomei seis facadas, era para eu estar com raiva, com ódio, era para eu estar acabando com a vida dele, querendo que ele se ferrasse lá dentro, mas ele nunca fez isso”, comentou.
A mulher ainda disse que o relacionamento acabou pelo sentimento de posse, ciúme e dele ter um lado controlador, a ponto de querer intervir no celular dela e nas amizades. Isso teria se desgastado e motivado a separação. Mas ele sempre a procurou para tentar reatar o casamento, pois tem três filhos com ela, com idades de 19, 13 e 4 anos.
“Ele queria reatar o casamento, porque ele viu que estava perdendo a família dele, porque ele vive pela família”. Ela confirmou também que o suspeito estava bêbado na noite do crime de tentativa de feminicídio.
