Mulher, de 49 anos, foi presa pela PM (Polícia Militar) por bater na cabeça e ameaçar dar socos na própria filha, de 10 anos, dentro do carro, em Campo Grande, na noite do Domingo de Páscoa (31). A criança estava no banco de trás do carro, enquanto o pai e a mãe no banco da frente.
A mulher teria dado um tapa na cabeça da menina e dito que a mesma era a culpada de tudo na vida dela. A PM foi acionada para o local e informada pelo pai da vítima que sua ex-esposa surrou a filha e queria surrar mais.
Segundo boletim de ocorrência, a mulher dizia aos gritos “Eu tenho vontade de te socar, de te socar! Você está achando que eu sou o quê?!” Os militares perguntaram para a suspeita quem era a pessoa que ela tinha vontade de ‘socar’ e ela respondeu se referindo a pessoa que estaria no banco de trás do veículo, ou seja, a filha.
Quando o policial tentava orientá-la de que ‘socar’ era um termo de ameaça e agressão, a mulher aparentava, em tom de deboche, um certo desentendimento dos fatos. Ela ainda ponderou, de forma sarcástica, se os pais não poderiam mais relar ou surrar seus filhos.
Logo, os militares retiraram a criança de dentro do carro e tentaram acalmar os ânimos da suspeita. A irmã paterna da vítima, de 24 anos, esteve no local e também relatou à polícia que ficou sabendo das agressões sofridas pela criança. Ela disse que a irmã afirmou ter apanhado da mãe, sendo atingida na cabeça.
Uma testemunha contou à polícia que a mulher veio de outro estado e mora há pouco tempo na Capital. Nesse domingo, ela teria presenciado a mulher dar fortes tapas na filha e ameaçar surrar muito a criança. Além disso, a suspeita ameaçava familiares que tentavam proteger a menina.
A mulher foi presa e encaminhada para a Depac Cepol. Ela disse aos militares que não tinha problemas em ir para a delegacia, pois falaria com seu amigo policial para ‘dar conta do B.O’ e liberar ela.
Todos os envolvidos, sendo o pai da criança, irmã e o marido da irmã, foram para a delegacia para a confecção do registro policial, onde deveriam permanecer até a resolução do delegado. Porém, por volta das 3 horas da madrugada, as testemunhas foram embora levando a criança.
Diante desses fatos, os envolvidos responderão por desobediência. Já a mulher suspeita de cometer as agressões responderá pelos crimes de lesão corporal, ameaça e maus-tratos qualificados.