Valor ficou em R$ 674,79 em novembro; durante todo o ano, variação foi de -9,33%
A cesta básica de Campo Grande encerrou novembro no valor de R$ 674,79, uma nova queda (-1,20%) no preço frente o mês de outubro deste ano. Os dados são da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), publicada nesta quarta-feira (6).
No ano passado, Campo Grande foi a terceira capital com a cesta básica mais cara do país, ficando em R$744,21 em dezembro de 2022.
Em novembro, o valor apresentou redução de 8% frente ao mês de janeiro deste ano, mês em que o preço foi avaliado em R$ 743,09.
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O Dieese apontou ainda que, em novembro, Campo Grande foi a quarta capital com a maior redução nos preços, atrás de Natal (-2,55%), Salvador (-2,17%) e Fortaleza (-1,39%).
Nos 11 meses de 2023, a Capital sul-mato-grossense foi a que apresentou a maior queda no custo da cesta básica, com redução de 9,33% se comparado o mês com o maior e o menor preço.
A pesquisa ainda informou que para manter-se, o trabalhador médio de Campo Grande precisa empenhar 112 horas e 28 minutos da sua vida ao seu emprego e comprometer 55,27% do seu salário com a alimentação. Ou seja, para ter uma cesta básica, é preciso deixar mais da metade do que ganha no mercado.
Em famílias compostas por quatro pessoas, o valor da cesta básica seria de R$ 2.024,37, valor que é R$ 704,37 superior ao salário mínimo – que passou a valer a partir do dia 1º de maio de 2023 -, de R$ 1.320,00.
Itens da cesta
Baixaé
A pesquisa destaca que a queda no preço foi impulsionada pelo período de safra de banana, de ambas as variedades, que tiveram redução de 5% no preço entre outubro e novembro. Em 12 meses, a queda do produto chegou a 18,88%.
Reversões das altas observadas em outubro foram observadas nos preços do café em pó (-3,05%), tomate (-2,54%) e carne bovina (-0,54%).
A expressiva alta no mês anterior fez com que a disponibilidade da batata se mantivesse firme em novembro na Capital. Com isso, o preço caiu (-5,68%) – a única retração do tubérculo entre as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. Com preço médio
de R$ 4,65 o quilo, o valor encontrado é menor do que o registrado em novembro de 2022, quando o quilo custou R$ 5,55 em média.
Leite de caixinha (-0,37%) e farinha de trigo (-1,50%) completaram 6 e 7 meses consecutivos de retração de preços, respectivamente. O pão francês (-0,73%) completou dois meses consecutivos em queda. Em 12 meses, o acumulado do lácteo é
de (-4,63%) e do cereal de (-12,18%). O pão teve alta de 2,33% no período, pois, segundo a pesquisa, existem outros fatores que determinam seu preço.
Alta
O arroz (3,84%) completou um quadrimestre de altas, e a tendência é que os preços se mantenham em elevação. Não há sinais, até o momento, de que a política indiana de restrição de exportação do cereal será encerrada no curto prazo. Deste modo, os
orizicultores brasileiros têm buscado este novo espaço no mercado global.
Depois de um semestre, o Feijão carioquinha (2,88%) voltou a registrar alta de preços, assim como o açúcar cristal (2,37%), após cinco meses de variação negativa.
No caso do óleo de soja (1,15%) é a segunda alta no ano de 2023. Decorridos onze meses, o preço médio do óleo é de R$ 6,05. Considerando o mesmo intervalo de tempo, o preço médio do óleo registrou contínua elevação: passou de R$ 4,44 (2020), para R$ 7,12 (2021), alcançando R$ 8,57 em 2023. Em 12 meses, a queda acumulada é de (-31,86%) – a mais expressiva entre os treze itens pesquisados.
Apesar do leite registrar baixa nos preços a um semestre, um de seus principais derivados, a manteiga (1,16%) voltou a registrar alta, com preço médio de R$ 12,84 a cada 200 gramas do lácteo.