Pesquisa do IBGE sobre segurança alimentar foi divulgada nesta quinta-feira (25), com base no último trimestre de 2023
Cerca de 27 mil dos domicílios em Mato Grosso do Sul precisam privar até os alimentos para as crianças da família, caracterizada como insegurança alimentar grave. Ou seja, em 2,6% das residências do Estado, há crianças passando fome.
É o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada nesta quinta-feira (25) e que traz dados procupantes sobre a insegurança alimentar dos sul-mato-grossenses, principalmente com relação às crianças.
A segurança alimentar é a disponibilidade de alimentar na frequência e quantidade adequadas.
A pesquisa foi realizada em parceria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
Apesar de relevante, comparando com a Pesquisa de Orçamento Familiares (POF) de 2017-18, houve uma queda de 42,3% na insegurança alimentar grave, já que na época foi apresentado que 4,5% das casas sofriam com essa situação.
Já em comparação com outros estados, o Mato Grosso do Sul ocupa a sexta colocação nas menores taxas de privação de alimentos para crianças. Santa Catarina tem a menor, com 1,5%, e Pará é o maior, com 9,5%.
É importante salientar que, segundo a PNADC, há cerca de 1,04 milhão de domicílios em Mato Grosso do Sul.
SEGURANÇA ALIMENTAR
Outro dado divulgado na pesquisa, desta positiva, foi que a segurança alimentar do sul-mato-grossenses aumentou em 24,1% (ou 12,8 em pontos percentuais) ao compararmos com a última realizada em 2017.
Em 2023, 78,2% (813 mil) dos domicílios conseguem se alimentar com frequência e quantidades adequadas. Já em 2017, o resultado foi de 63%.
Com isso, MS ocupa a sétima colocação no índice de maior segurança alimentar por domicílios. Em primeiro lugar ficou Santa Catarina (88,8%) e, em último, Sergipe (50,8%).
QUALIDADE DOS ALIMENTOS
Na insegurança alimentar leve, foi apresentado que 15,1%, cerca de 157 mil domicílios, precisaram diminuir a qualidade dos alimentos usados nas refeições, mas sem alterar a quantidade. Em 2017, 25,1% viviam nesta situação, ou seja, uma queda de 41%.
Neste aspecto, Mato Grosso do Sul ocupa a oitava posição nos estados com menores números. Em primeiro, Santa Catarina, com 8%, e em último, Sergipe, com 30%.
QUANTIDADE DOS ALIMENTOS
Já a insegurança alimentar moderada, 4,1% dos domicílios (42 mil) precisaram diminuir a quantidade de alimentos oferecidos à mesa, em 2023. Uma diminuição de 38% em relação ao apresentado em 2017 (6,7%).
Esses números colocam o estado na décima colocação dos menores coeficientes entre as UFs. Mais uma vez, Santa Catarina foi o primeiro, com 1,6%, e Sergipe em último, com 13,1%.
DEFINIÇÕES
Segundo consta na própria pesquisa, as inseguranças são dividas em três graus, sendo leve, moderada e grave. As definições são:
- Leve: Situação na qual a família precisa mudar a qualidade dos alimentos oferecidos, porém, sem sacrificar a quantidade
- Moderado: Quando há restrição no acesso aos alimentos, isto é, na quantidade que é consumida
- Cova: Quando há escassez de alimentos para todos os indivíduos de uma família, chegando até mesmo à condição de fome.
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