Uma indústria localizada em Sete Quedas, a 459 quilômetros de Campo Grande, foi alvo de uma recomendação formal do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), que pediu o embargo total das atividades devido a uma série de irregularidades ambientais graves.
As vistorias realizadas no local apontaram problemas que podem resultar em impactos significativos ao meio ambiente e à saúde pública da região, relata o órgão. Entre os problemas identificados, destaca-se a ausência de uma licença ambiental válida, o que coloca em risco o cumprimento das normas de preservação e controle ambiental.
A indústria também foi acusada de armazenar pneus e resíduos industriais de forma inadequada, além de emitir uma quantidade excessiva de fuligem que ultrapassa os limites da empresa, afetando diretamente as áreas vizinhas.
Relatórios técnicos apontaram falhas no controle de efluentes líquidos, que podem estar contaminando tanto o solo quanto a água, prejudicando não apenas o meio ambiente, mas também a saúde dos moradores da região e dos ecossistemas locais. Além disso, deficiências na contenção de poluentes atmosféricos e na segurança contra incêndios aumentam os riscos para a população e para o meio ambiente.
O MPMS solicitou que o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) suspenda imediatamente a licença ambiental da indústria até que todas as exigências sejam cumpridas, incluindo a realização de novos estudos ambientais e a adequação da infraestrutura da empresa. A recomendação também determina que as operações sejam interrompidas até que as falhas sejam corrigidas.
Embora a recomendação do MPMS não tenha caráter obrigatório, ela serve como base para possíveis ações judiciais e administrativas contra os responsáveis. Os órgãos envolvidos devem responder dentro de cinco dias e apresentar provas de que a recomendação foi publicada oficialmente.
