O ex-meio-campista do Flamengo, Adílio, faleceu nesta segunda-feira (5), aos 68 anos, após uma batalha contra o câncer no pâncreas. Adílio estava internado desde julho em um hospital na Freguesia, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro. O Flamengo confirmou a notícia em suas redes sociais, destacando a eternidade do legado do “Camisa 8”.
Nascido Adílio de Oliveira Gonçalves, ele cresceu próximo à sede do Flamengo, na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro. Desde cedo, destacou-se no futebol de várzea do bairro, ganhando o apelido de Pelé. Aos 11 anos, Adílio pulou o muro do Flamengo para buscar uma oportunidade na escolinha de futebol de salão, o início de uma trajetória brilhante.
Adílio foi promovido ao time profissional do Flamengo em 1975, junto com Tita e Andrade. Esses jovens talentos formaram a espinha dorsal da maior geração do clube, responsável por conquistas históricas, incluindo a Libertadores e o Mundial de Clubes em 1981. Adílio, com sua visão de jogo e passes precisos, foi fundamental na formação lendária que incluiu Zico, Júnior e Leandro.
O legado de Adílio inclui 617 jogos oficiais pelo Flamengo, tornando-o o terceiro jogador com mais partidas pelo clube, atrás apenas de Zico e Júnior. Sua atuação memorável na final do Campeonato Brasileiro de 1983, onde marcou um gol crucial na despedida de Zico, solidificou seu status de ícone do futebol rubro-negro.
Além de sua carreira nos campos, Adílio também fez história no futsal, integrando a seleção brasileira que venceu a Copa do Mundo de Futsal em 1989. Após sua aposentadoria, ele atuou como treinador e coordenador nas divisões de base do Flamengo até 2008, e tentou a carreira política em 2010, sem sucesso.
Em 2019, Adílio foi homenageado com um busto de bronze na sede da Gávea, reconhecimento de sua inestimável contribuição ao clube. Nos últimos anos, enfrentou problemas de saúde, incluindo uma internação em 2020 por gastroenterite e desidratação, e mais recentemente, a luta contra o câncer.
Adílio deixa um legado eterno no Flamengo e no futebol brasileiro. Seu impacto vai além dos títulos e gols, marcando gerações de torcedores e jogadores. A saudade será grande, mas seu nome e suas conquistas serão lembrados para sempre.
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