Pré-candidata buscando reeleição, ela garante novo concurso para educação se eleita e culpa até gestão do ex-governador Azambuja pela baixa na arrecadação municipal
Atual prefeita por Campo Grande, Adriane Lopes, pré-candidata pelo Partido Progressistas (PP),– que busca cada vez mais se alinhar ao bolsonarismo – em entrevista pela rádio CBN (parceria com o Correio do Estado, em sabatina com pré-candidatos à Prefeitura da Capital), repetiu diversas vezes que situações hoje enfrentadas na infraestrutura; saúde e educação, são “herança difícil”, indicando que os dois anos de sua gestão como prefeita não foram suficientes para arrumar a casa.
Segundo Adriane, além dos reflexos do pós-pandemia, ela assumiu uma gestão financeiramente comprometida, com obras licitadas antes das paralisações pela Covid-19, sendo que afirma que “Campo Grande não foi afetada quanto outras cidades do Brasil”.
“Tendo em vista que aqui criamos meios e mecanismos. Assumo com obras paradas, judicializadas e esperando terminar esse período para retomá-las, tendo que licitar novamente. Nesses dois anos trabalhamos muito internamente arrumando a casa. Assumo com limite extrapolado em 59,16 pontos percentuais, de gastos excessivos”, diz.
Ela cita a legislação n.º 178, que segundo a prefeita daria ao gestor o prazo de 10 anos para regularizar a situação, apontando que esse índice citado acima caiu para 55,2, indicando assim uma economia de R$ 189 milhões ao ano aos cofres públicos com gasto de pessoal.
Obras paradas
Ainda, como exemplo do trecho da Avenida Norte-Sul, com obras paralisadas desde o segundo mandato do ex-prefeito Nelson Trad, ela aponta que o ponto foi cadastrado junto ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), angariando assim recursos para terminar o serviço.
Sobre obras paradas, ela relembra que passado o período pandêmico, empresas buscaram realinhamento de preços para retomada dos serviços.
“O Estado não paralisou as obras, as tratativas com tribunal de contas, órgãos fiscalizadores… o gestor da prefeitura (Marquinhos Trad) não teve essa iniciativa, então as empresas judicializaram para cobrar o recurso investido. Judicializado, quando assumo não poderia relicitar enquanto não concluísse essa situação”.
Como exemplo da Praça dos Imigrantes – que se encontra atualmente quebrada e sem os artesãos no local – ela afirma que não é herança, mas foi licitada antes, já tendo que cumprir com as fases iniciadas assim que assume como prefeita de Campo Grande
“Após a empresa mergulhar no preço para pegar a obra, um mês após ela parou e pediu realinhamento de preço. Dia 1º de agosto, após assinar a ordem de serviço, a empresa pede realinhamento de preço e isso paralisou a obra. Equipe técnica está trabalhando para não acontecer”, defende Adriane.
Cabe apontar também para as 13 obras em escolas, que estão paradas há mais de 15 anos, destacado como “problema de gestões passadas”, com a promessa da prefeitura de que, ainda em 2024, oito desse total de unidades serão retomadas.
Demais problemas
Quanto à educação, é ressaltada a contratação anual de 3.300 educadores pagos em contratos temporários, frente a pouco mais de 300 vagas preenchidas no último concurso da prefeitura, o que também é descrito por Adriane Lopes como “problema histórico”, dizendo que fez o que estava ao seu alcance no período.
“São 330 tendo em vista que temos assinatura com TAG (Termo de Ajustamento de Gestão) com o Tribunal de Contas, e o concurso é realizado em tratativas, entendendo que é o número a ser atendido nesse exato momento. As vagas puras que tinham para realização, agora para este tempo, eram essas”.
Diante disso, a atual prefeita confirma também que – caso seja eleita, com mandato até 2028 – “com certeza” irá realizar novos concursos para compôr o quadro de profissionais necessários.
Culpando a gestão de Reinaldo Azambuja e a administração feita enquanto esse era governador, Adriane comenta que a diminuição na distribuição dos impostos arrecadados para a Capital, fez com que a Cidade Morena perdesse em investimento e infraestrutura.
“Não é uma independência, precisamos trabalhar em conjunto, porque temos um terço da população de MS. Campo Grande é hoje a maior cidade do Estado e não temos essa intenção (de dependência), mas trabalharmos com a visão de trazer solução”.
Alegando que o sistema de gestão da Capital possui mais de três décadas, Adriane fala que já começou a modernização em seu mandato e que, inclusive seu apoio à campanha do atual governador, Eduardo Riedel, não foi querendo misturar o futuro político com o gerenciamento de Campo Grande.
“Contribuímos com a eleição dele e disse a ele recentemente, estamos entrando em período de pré-campanha, mas não pretendo misturar. Precisamos do apoio do governo para investimentos e ele tem sinalizado positivamente”.
Entre os frutos dessa parceira ela cita a modernização do transporte público da Capital, projeto que diz ter sido iniciado em janeiro, o qual já tem estudos de modernização prontos e não vai acontecer sem o apoio de Governo do Estado.
Adriane fala que nesses dois anos foi estudado o plano de mobilidade pública, pensado para o futuro da Capital, analisando que Campo Grande sofre da “dor do crescimento”, rumo a uma cidade de médio porte.
“Nessa fase de expansão, decisões precisam ser tomadas. Levamos alguns projetos estruturantes para o Governo do Estado e neles o governador aceitou um que vem de encontro à modernização, que é asfaltar, levar drenagem e pavimentação para todas as linhas de ônibus. Em torno de 41 km que faltam”, expõe.
Esclarecendo também o lançamento que se trata de um complexo, ela cita que esse ponto, composto por 50 salas de especialidades, 250 leitos para atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS)ela cita que a ideia do “Hospital Municipal” começará a funcionar no segundo semestre de 2025.
Segundo a atual chefe do Executivo municipal, prefeitos e secretários médicos não foram capazes de resolver o problema da saúde em Campo Grande, que ela afirma ser ocorrer em todo o território nacional.
“Temos 898 mil habitantes, quase 900 mil, essa é a realidade do IBGE em 2022, mas temos 1,6 milhão de cartões SUS. Atendemos a micro, a magro região e o Estado”, reflete.
Com orçamento de R$ 6,4 bilhões, a prefeitura alega investir 27% ao ano na saúde, sendo um montante de R$ 1.790 bilhão para o setor, recurso que Adriane diz chegar e ser aplicado da forma correta e que, com 84 unidades de saúde e 10 Unidades de Pronto Atendimento 24 horas, “se comparar os equipamentos pelo número de habitantes temos muito mais que outros lugares”.
“É um passo de cada vez. Não dá para apertar um dedo e fazer mágica na gestão. Quatro anos a gente consegue, mas dois anos é pouco se comparado”, conclui.
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