Em Corumbá, representantes do governo federal definiram novas ações de prevenção e combate aos incêndios
Os ministros Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) consideraram eficazes e acertadas as medidas tomadas pelo governo de Mato Grosso do Sul para defender o Pantanal dos incêndios que se alastraram na região. Designados pelo presidente Lula para mais uma visita a Corumbá, os ministros se reuniram ontem (terça-feira, 16) com Riedel e outras autoridades, sobrevoaram parte do bioma para conferir os estragos e os serviços de combate e prevenção ao fogo.
A visita de ministros ao Estado pela segunda vez em menos de um mês com este objetivo, demonstra o interesse do governo federal e a firmeza no envolvimento de Riedel e seus assessores na vitoriosa parceria que impediu uma destruição maior do território pantaneiro, castigado há quatro anos seguidos por focos de queimadas. Waldez, Simone e Marina oficializaram nesta visita a entrega de mais recursos para a manutenção dos trabalhos que podem se estender até outubro.
Nesta ação conjunta, os desembolsos indicam a firme determinação dos governos. Além dos R$ 50 milhões já aplicados por Mato Grosso do Sul, o combate aos incêndios inclui ainda mais R$ 137,6 milhões do governo federal, previstos em crédito extraordinário definido na Medida Provisória 1.241. Neste “pacote”, a MP destinou R$ 72,3 milhões para o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (R$ 38,2 milhões para o Ibama e R$ 34,1 milhões para o ICMBio), R$ 59,7 milhões para o Ministério da Defesa e R$ 5,7 milhões para o Ministério da Justiça e Segurança Pública (R$ 3,7 milhões para a PF e R$ 2 milhões para a Força Nacional.
URGÊNCIA
Para Eduardo Riedel a publicação das medidas provisórias socorreu a urgência de preservação do bioma, que é um dos mais ricos do planeta em biodiversidade. “Acho importante dimensionar o que aconteceu aqui. Nós, quando falamos sobre esses R$ 200 milhões, não é um volume de recursos desprezível. O recado e a mensagem da ministra Marina são muito válidos. Somos uma potência ambiental. Isso tem valor na diversidade, tem valor na contenção e na mitigação de crédito de carbono”, observou.
Em seguida, o governador alinhou outro impacto. “Isto tem valor na nossa cultura, assim como nas nossas atividades econômicas tradicionais. E nós estamos investindo aqui é na manutenção desse status e na mensagem que a gente deixa para todo o Brasil e para o mundo”, acrescentou. Por sua vez, Simone Tebet ressaltou a vantagem diferenciada de dispor de medidas provisórias, um instrumento no governo federal que os estados não têm. “A MP só pode ser editada na urgência de uma calamidade pública. É o caso do Pantanal. Então, diante disso, as três medidas provisórias já foram editadas, elas têm efeito imediato”, assinalou.
Mais um reforço no caixa anti-incêndios: o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional liberou nesta terça-feira R$ 13,4 milhões para ações de resposta da Defesa Civil de Mato Grosso do Sul no enfrentamento dos incêndios. Estes recursos atenderão as instituições oficiais ou ONGs envolvidas no trabalho contra o fogo, custearão a aquisição de combustível, Equipamentos de Proteção (EPIs), ajuda humanitária às comunidades ribeirinhas e a locação de veículos e equipamentos no combate aos focos.
RECONHECIMENTOS
A ministra Marina Silva elogiou o trabalho conjunto contra os incêndios, fruto de parceria e constante diálogo entre os governos. “Eu gostaria de agradecer pelos resultados. É um trabalho conjunto, é um trabalho em parceria. Muito obrigada governador, que inclusive tem uma iniciativa inédita, a Lei do Pantanal”, agradeceu.
O ministro Waldez Góes reverberou: “Parabéns a todos e meu muito obrigado pelo grande trabalho que estão fazendo em prol de Mato Grosso do Sul, de Mato Grosso e do Pantanal brasileiro. É preservar o nosso bioma, a vida humana, a vida da fauna, da flora, e continuar deixando o Brasil na condição de que deve sempre estar o maior protagonista de uma boa política de proteção ao meio ambiente”.