Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG) lançou, na manhã desta sexta-feira (26), o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) para indígenas.
O programa consiste em fornecer cestas básicas gratuitas para famílias indígenas (Terena, Bororo, Kadiwéu e Kaiowá), em situação de vulnerabilidade social, residentes em 32 municípios de Mato Grosso do Sul. Em Campo Grande, 1.315 famílias serão contempladas.
A cesta básica é composta por frutas, legumes, verduras, ovos e proteínas produzidos por quilombolas e agricultores familiares. Cada família receberá uma cesta básica por semana durante um ano.
O investimento é de R$ 5 milhões e a expectativa é que 25 toneladas de alimentos sejam entregues em um ano.
Os alimentos serão distribuídos no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) dos bairros Popular, Aeroporto, Noroeste, Vida Nova, Tiradentes e vila Gaúcha.
O objetivo é ajudar tanto agricultores a venderem seus produtos, quanto indígenas a receberem alimentos gratuitos.
A realização é do Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS); Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria Executiva de Agricultura Familiar, Povos Originários e Comunidades Tradicionais da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc); Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) e prefeituras municipais.
De acordo com a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), a parceria entre Prefeitura, Estado e União é importante para garantir políticas públicas para famílias em situação de vulnerabilidade social.
“A parceria é fundamental para avançar e ampliar políticas públicas do município e temos satisfação em atender mais de 1.310 famílias indígenas, contribuindo também com as famílias quilombolas que são produtores dos alimentos, nessa produção eles não tinham muitas vezes para quem comercializar”, disse a prefeita.
Conforme o secretário adjunto da Semadesc, Walter Carneiro, o programa ajuda tanto o agricultor familiar quanto as famílias necessitadas.
“É uma produção fomentada, tendo apoio técnico da Prefeitura, Estado e União e agora a gente faz a aquisição dessa produção da agricultura familiar e enrega para as famílias que necessitam. A gente ajuda quem produz e quem recebe”, afirmou o secretário adjunto.
Segundo o cacique da aldeia indígena Nova Canaã, Josué Nimbu, o programa é benéfico para comunidades indígenas em situação de vulnerabilidade social.
“O programa é muito bom para as comunidades indígenas do Jardim Noroeste, porque é a primeira vez em 20 anos que vejo um programa assim voltado para os indígenas”, explanou o cacique.