Após 17 dias internada, a pequena Maria Helloisa de Souza, 9 anos, recebeu alta hospitalar. Ela estava internada desde o dia 3 de setembro, no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), por conta de um grave acidente que sofreu em um brinquedo giratório de um parquinho infantil em Santa Maria.
“Foi bem sofrido para ela, mas graças a Deus, a recuperação está sendo boa. O couro cabeludo dela foi todo recuperado. Ela passou por duas cirurgias, e o cabelinho já está até crescendo. Deu tudo certo. Ela tá bem, sem dores, e estava bem ansiosa para ir embora”, comentou Ana Beatriz de Souza, mãe de Maria Helloisa.
A menina vai continuar sendo acompanhada pelo cirurgião do hospital, bem como também terá atendimento psicológico e precisará ir ao posto de saúde para fazer os curativos necessários nos ferimentos.
Ana Beatriz de Souza, mãe de Maria Helloisa, relata que os médicos conseguiram recuperar a área atingida, mas a lesão é extensa e necessita de tratamento especializado para regeneração.
A equipe médica recomendou a busca por um tratamento específico, chamado câmara hiperbárica, o que vai contribuir com a cicatrização e recuperação dos tecidos afetados. O tratamento vai ajudar na continuidade e sucesso dos procedimentos seguintes. Porém, as sessões não estão disponíveis na rede pública de saúde.
“A gente tinha criado uma vaquinha on-line para arrecadar o dinheiro necessário para esse tratamento. Porém, encerramos a arrecadação após uma clínica oferecer o tratamento para Maria Helloisa. Mas, de toda forma, o dinheiro que recebemos vai ajudar muito com todas as outras despesas que terei com ela”, disse Ana Beatriz.
Acidente em brinquedo recém-inaugurado
O caso ocorreu na Praça Central de Santa Maria, na noite do dia 3 de setembro. De acordo com a família, a menina ficou com o cabelo preso nos parafusos expostos da estrutura, o que causou um grave ferimento no couro cabeludo dela, desde a região das sobrancelhas até a nuca.
Maria Helloisa foi levada prontamente para o Hran, onde passou por cirurgia plástica para tentar recuperar o máximo possível do couro cabeludo.
Em entrevista ao Metrópoles, na data em que ocorreu o acidente, o administrador de Santa Maria, Josiel França, informou que o brinquedo é um gira-gira adaptado para crianças com deficiência e faz parte do parquinho novo, inaugurado há pouco menos de duas semanas.
A informação também foi mencionada pela mãe de Maria Helloisa: “Ela frequentava, ia com os amiguinhos dela. Era um brinquedo novo, mas já estava quebrado”.
A reportagem apurou que outra menina também teria se acidentado na praça, e também teve parte do cabelo arrancado na parte lateral da cabeça. Há imagens mostrando o mesmo tipo de brinquedo, localizado em outro lugar de Santa Maria, com peças e parafusos soltos.
No dia seguinte ao acidente com Maria Helloisa, os brinquedos foram retirados dos parquinhos pela empresa responsável pela fabricação e instalação como medida cautelar, “a fim de evitar novos acidentes”, segundo a administração local.
“É um brinquedo inclusivo, tem que ter a participação de um adulto ali próximo da criança. Não pode deixar a criança, de fato, ir sozinha para um parque. Tem que ter esse acompanhamento. Há orientações no brinquedo, placas instaladas no parque fazendo todas as orientações. Mas, infelizmente, aconteceu essa fatalidade “, disse Josiel França à época dos fatos.