Publicado em edição extra no Diário Oficial de Campo Grande desta terça-feira (4), o decreto n° 15.953, que determina o aumento de plantões para médicos do município, devido ao aumento de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
A prefeita da Capital, Adriane Barbosa considerou a dificuldade de fechamento de escala de plantões, tendo em vista o número reduzido de servidores. Com base nos dados, houve um aumento de 69% a mais do que a média diária de atendimentos nessas instalações, no número de pacientes adultos e idosos que procuraram atendimento nas unidades de urgência e emergência.
Vale frisar que esse número equivale a cerca de 2200 pacientes a mais do que o considerado normal. Em relação ao número de pacientes da faixa etária infantil, foi observado uma variação de 64% em relação à média diária de atendimentos – cerca de 660 pacientes a mais.
Portanto, fica autorizado em decorrência do aumento na demanda de atendimentos na Rede Municipal de Saúde, a realização, por médicos, do equivalente a até 18 (dezoito) plantões de 12 (doze) horas.
O salário-base não será alterado, desta forma, quanto mais plantões o médico realizar, mais irá receber. Antes do decreto, os médicos podiam fazer até 14 plantões mensais. Vale lembrar que a realização dos plantões e o pagamento acima do limite, só será autorizado em Unidades/Serviços de Saúde público selecionadas:
- CRS Aero Rancho;
- CRS Coophavilla II;
- CRS Nova Bahia;
- CRS Tiradentes;
- Serviço de Atendimento Móvel de Urgência;
- Unidades de Pronto Atendimento (UPA Coronel Antonino, UPA Leblon, UPA Moreninhas, UPA Santa Monica, UPA Universitário, UPA Vila Almeida);
- Equipe Móvel de Atendimento em Crises (EMAC).
Caso o plantão seja realizado em Unidade/Serviço de Saúde diferente destas citadas, a coordenação responsável pelo serviço deverá comprovar por meio de documentos, que o servidor efetivamente prestou o plantão.
O decreto ficará vigente enquanto perdurar a situação de emergência da saúde pública em Campo Grande devido às altas taxas de ocupação de leitos na rede municipal, em razão do surto de SRAG.
Superlotação
A Sesau divulgou que em várias unidades de urgência e emergência ocorreu procura por atendimento médico foi acima do normal. Na Upa Moreninhas o aumento foi de 126,87% enquanto a do Aero Rancho, a procura foi de 97,2%.
Ó Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) registrou 22 chamadas de pessoas que tiveram complicações em decorrência de síndromes respiratórias. Como a própria secretária municipal de saúde, Rosana Leite, tem dito o único remédio para fugir das complicações é tomar a vacina.
“A Secretaria de Saúde reforçar o alerta para a importância da imunização, que está disponível em todas as unidades de saúde de Campo Grande”, ressalta a Sesau.
Até o momento apenas 163.471 pessoas foram imunizadas na Capital, o público alvo que são crianças até 6 meses e idosos acima de 60 anos, que representam 360 mil pessoas. Deste recorte, entre as crianças até o momento apenas 33% foram vacinadas.
Devido à baixa procura do público-alvo pela vacina da gripe, em maio o Ministério da Saúde determinou a ampliação da imunização para todas as idades. Mesmo com os alertas do governo federal de da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau)a procura pela vacina segue em baixa.
Mortes
Segundo dados da Sesau, de quatro em cada dez vítimas têm menos de 60 anos. Em um mês e meio a gripe (Influenza A), tirou a vida de 22 pessoas, conforme levantamento realizado pela pasta do município entre o dia 13 de abril a 30 de maio.
A gripe tirou a vida de oito pessoas com menos de 60 anos, entre elas uma mulher com apenas 30 anos, fumante e outras quatro vítimas que não tinham nenhuma comorbidade. Nestes casos nenhuma das vítimas havia tomado vacina para gripe.
“Outro dado que chama a atenção é que nenhum dos mortos tomou a vacina contra a gripe este ano, ou não tinha o registro da aplicação do imunizante”.
Óbitos
- Das 22 vítimas da influenza A, 14 tinham o subtipo H3N2;
- 5 testaram positivo para H1N1;
- 3 óbitos, não houve subtipificação.
Proteção da vacina da gripe
Influenza A (com os subtipos H1N1 e H3N2, e a influenza B)
Sintomas da Influenza
- Febre;
- Calafrios;
- Tosse;
- Dor de garganta;
- Nariz escorrendo ou entupido;
- Dor muscular e/ou corporais;
- Dor de cabeça;
- Fadiga (cansaço);
- Vômito e diarreia, mais comum no público infantil.
*Colaborou Laura Brasil