Enquanto Mato Grosso liderou o ranking como maior produtor de grãos do país, a safra de Mato Grosso do Sul sofreu uma queda de 1,8 milhão de toneladas conforme dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA).
Outras unidades da federação que também apresentaram quedas em comparação com fevereiro foram: Santa Catarina (-518,2 mil toneladas), no Rio Grande do Sul (-451,5 mil toneladas), no Distrito Federal (-80,7 mil toneladas), em Rondônia (-80,2 mil toneladas), no Piauí (-71,6 mil toneladas), em Minas Gerais (-16,2 mil toneladas), no Espírito Santo (-1,1 mil toneladas) e no Amapá (-28 toneladas).
A divulgação foi feita nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ainda, de acordo com os dados, na comparação com a estimativa de fevereiro ocorreu uma queda de 0,8% na produção, corresponde a 2,3 milhões de toneladas.
Em decorrência das condições climáticas causadas pelo El Niño, a soja, que é a principal commodity do país, teve uma queda de 1,6% quando comparado com o previsto em fevereiro e estima-se que pode chegar a 146,9 milhões de toneladas. A quantidade corresponde a uma queda de 3,3% em comparação com o total produzido em 2023.
“Em novembro e dezembro, houve muitos problemas climáticos: choveu muito no Sul, enquanto no Centro-oeste faltou chuva. Então houve quebra de produção, principalmente da soja e da primeira safra do milho. Como os preços do milho caíram, os produtores estão reduzindo a área de plantio, o que afetou a segunda safra”, explica o gerente do LSPA, Carlos Barradas.
A produção do milho também sofreu queda de 0,6% na comparação com o estimado no mês anterior e 11,4% com o mesmo período em 2023, levando em conta as duas safras.
“Por outro lado, com a queda dos preços do milho, alguns produtores deixaram de lado essa produção para plantar algodão, que teve um crescimento de 2,3% em relação ao estimado no mês passado e de 8,0% na comparação com 2023. É um recorde de produção”, ressalta Barradas. A previsão é de que o algodão em caroço chegue a uma produção de 8,4 milhões de toneladas neste ano.
Entre os Estados, Mato Grosso segue sendo o maior produtor nacional de grãos, responsável por 28,2% do montante produzido no país. Na sequência tem o Paraná 3,7%), Rio Grande do Sul (13,3%), Goiás (10,2%), Mato Grosso do Sul (8,4%) e Minas Gerais (5,7%). Somados, esses seis estados representam 79,5% da produção brasileira de grãos.
Quando o recorte é feito por regiões, o Centro-Oeste fica na frente do ranking com a produção de (47,0%), seguido pelo Sul (29,2%), Sudeste (9,4%), Nordeste (8,7%) e Norte (5,7%).
Segundo LSPA, a safra nacional de cereais leguminosas e oleaginosas deve ser de 298,3 milhões de toneladas em 2024. O que representa a produção 5,4% menor que a do ano passado, que alcançou 315,4 milhões de toneladas.
Estados com maior ganho de produção
- Mato Grosso (240,6 mil toneladas);
- Goiás (156,4 mil toneladas);
- Paraná (141,3 mil toneladas);
- Maranhão (55,9 mil toneladas);
- Ceará (19,9 mil toneladas);
- Bahia (19,5 mil toneladas);
- Amazônia (8,9 mil toneladas);
- Rio de Janeiro (3,1 mil toneladas);