Exames confirmaram que paciente diagnosticada, contraiu a doença na cidade de Ilhéus, na Bahia
Após o registro do primeiro caso de febre Oropouche (FO) em Campo Grande, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) publicou através de comunicado que não há foco do mosquito transmissor na Capital até o momento.
O caso registrado nesta quarta-feira (12) trata-se de uma mulher que teve a doença diagnosticada e contraiu o vírus na cidade de Ilhéus, na Bahia, onde passava férias, no início de junho.
Segundo informações, assim que a doença foi confirmada por meio de exame laboratorial, algumas medidas foram tomadas:
– O CCEV, Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais, foi informada para a realização de bloqueio de transmissão;
– Foram feitas orientações à paciente sobre meios de proteção individual para minimizar a transmissão;
– O caso segue em monitoramento pela Gerência Técnica de Endemias, CVE;
– Toda a rede de saúde pública e privada do município foi comunicada para identificar, investigar e comunicar casos potenciais no território que se enquadrem na definição de caso.
Febre Oropouche
A Febre do Oropouche é uma doença causada por um arbovírus, que foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960.
Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente, nos estados da região amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul (Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela).
A transmissão é feita principalmente por mosquitos da espécie ‘maruim’ ou ‘mosquito-pólvora.
Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do mosquito por alguns dias. Quando esse mosquito pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus para ela.
Existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença:
- Ciclo Silvestre: Nesse ciclo, os animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus. O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor nesse ciclo.
- Ciclo Urbano: Nesse ciclo, os humanos são os principais hospedeiros do vírus. O mosquito Culicoides paraenses também é o vetor principal.
Sintomas
Os sintomas da Febre do Oropouche são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia.
Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento da rede de saúde.
Aumento de casos
A incidência de casos tem aumentado no Brasil. De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde, neste ano foram confirmados 6.207 casos, enquanto em todo o ano de 2023 foram 835.
A maioria dos casos se concentra na região norte. Atualmente, com exceção do Tocantins, todos os estados da região norte registraram casos autóctones (oriundos do mesmo local onde ocorreu a doença).
Dos estados da região extra-amazônica, 5 já registraram casos autóctones, sendo eles Piauí, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
O Brasil ainda não registrou nenhuma morte pela doença.
***Colaborou Glaucea Vaccari