Mais de R$ 1 bilhão em cinco anos: dupla desta gestão inchou como nunca a folha de pagamentos
Desde o início de sua gestão, em 2017, a dupla Marquinhos Trad e Adriane Lopes opera em Campo Grande um modelo do poder político e administrativo especializado em sangrar os cofres públicos e drenar, para destinos nada republicanos, os recursos recolhidos do bolso do contribuinte em forma de impostos. Os prejuízos causados à cidade por esta parceria são garantidos pela subserviência de vereadores que fazem do Legislativo um refém do Executivo e pela pequena legião de servidores confortavelmente instalados nos cargos em comissão – emprego arranjado para os amigos, parentes ou apoiadores dos contratantes.
Marquinhos renunciou em abril de 2022 e Adriane imediatamente assumiu seu lugar. Os atos de despedida foram marcados pelas emoções de ambos, que trocaram palavras de apoio, agradecimento e elogios, a ponto de Adriane prometer que daria continuidade à obra de Marquinhos e faria uma gestão que entraria para a história. Ele, derrotado vergonhosamente na campanha para o governo, passou ainda a responder por crimes de natureza sexual. E ela, aboletada na poltrona mais glamorosa da Afonso Pena, dava início ao seu reinado, vendendo sonhos e fantasias típicos de um país das maravilhas que só iria existir nos delírios de Alice.
CHOQUE DE REALIDADE
Passam-se sete anos e sete meses. E este número é sugestivo para o choque de realidade que estremece o chão da prefeita em sua campanha pela reeleição. Mesmo com a lenda estigmatizando o sete como o número da mentira, as histórias sombrias destes 7,7 anos são verdadeiras, conforme demonstram o dia-a-dia do caos financeiro e administrativo da gestão – ou de ausência dela. Com apenas cinco meses para o fim do mandato, a dupla deixa escapar mais um dado sobre seu fracasso, uma informação que não é segredo, mas vem sendo abafada a qualquer custo: Marquinhos e Adriane promoveram nas contas públicas um rombo de mais de R$ 1 bilhão.
Este é mais um item no escandaloso saldo do desgoverno, e refere-se a um fator: a gastança desenfreada com a folha de pagamentos, que cresceu quase 50% e asfixiou a capacidade orçamentária da prefeitura. A imprensa divulga que, com o excesso de comissionados e o uso da folha secreta, as despesas com pessoal saltaram de R$ 2,1 bilhões (em 2013) para R$ 3,1 bilhões (em 2022). Incrível, mas é real: o aumento de desembolsos com a folha de salários foi superior a R$ 1 bilhão em cinco anos. Ou – pasmem! – cerca de R$ 200 milhões por ano!
Além da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), Marquinhos e Adriane ainda colecionaram desavenças muito sérias com outros mandamentos legais da ética, do zelo na gestão, da defesa do interesse público e do respeito aos cidadãos e cidadãs. Com o olhar compreensivo dos órgãos de fiscalização e controle, a cumplicidade da Câmara Municipal e o suporte dos servidores arrebanhados politicamente, a dupla chegou até aqui zombando de tudo e de todos – e ainda vai pedir votos para mais quatro anos de ilusões.
OS GASTOS DA DUPLA
Gestão Marquinhos Trad
2017: R$ 2.144.587.205 (- 6,3%)
2018: R$ 2.589.752.147 (+ 20,75%)
2019: R$ 2.772.847.148 (+ 7%)
2020: R$ 3.064.767.324 (+ 10,5%)
2021: R$ 3.197.901.557 (+ 4,34%)
Gestão Adriane Lopes
2022: R$ 3.195.712.438 (- 0,06%)
2023: R$ 3.037.307.033 (- 5%)