O marido de Marlene Salete, de 44 anos, já havia sido denunciado em 2018 pela ex-mulher, que foi ameaçada de morte por ele para não pagar pensão. Marlene foi assassinada com 9 facadas na frente da filha de 11 anos, na noite desta segunda-feira (23), em Amambai, a 351 quilômetros de Campo Grande.
A ex-mulher do autor procurou a delegacia em dezembro de 2018, quando registrou um boletim de ocorrência. Na época, ela relatou que tinha dois filhos de 3 e 4 anos com o ex-companheiro.
Na delegacia, a mulher disse que na separação ficou acordado que o autor pagasse o valor de R$ 380, sendo que ele não havia feito o depósito da pensão, e ela teria ido cobrá-lo.
Ao fazer a cobrança ao ex-marido, ele a ameaçou de morte. “Toma cuidado porque sexta ou sábado estou indo para a cidade e se eu encontrar você na rua eu vou atropelar você com o carro; ou senão vou matar você com dez facadas, ou cedo ou mais tarde eu vou te matar (sic)”, disse por telefone.
Feminicídio de Marlene
Marlene Salete, de 44 anos, foi assassinada com pelo menos 9 facadas na frente da filha de 11 anos, na noite desta segunda-feira (23), em Amambai, a 351 quilômetros de Campo Grande. O marido de Marlene acabou preso em flagrante.
O crime aconteceu por volta das 20 horas. A filha de 11 anos da vítima ligou para o 190 pedindo ajuda, dizendo que seu padrasto estava trancado no quarto com sua mãe e que a havia esfaqueado.
A polícia foi ao local e chegou a flagrar o homem em cima de Marlene tentando fincar mais ainda a faca em seu tórax. Os policiais ouviram gritos de socorro de Marlene Salete Mees, sendo que assim que forçaram a porta para entrar, os militares encontraram a vítima em cima da cama ensanguentada e pedindo socorro.
Ela foi atingida com nove facadas. No chão havia grande quantidade de sangue e, ao lado da porta, sentado e encostado na parede estava o autor, o qual tinha duas perfurações no tórax e segurava a faca contra seu pescoço e seu abdômen, falando que iria tirar a própria vida.
Os policiais tentaram negociar com o homem para que largasse a faca e permitisse a entrada do Corpo de Bombeiros para prestar os primeiros socorros.
Ao verificar que a vítima estava perdendo muito sangue e necessitava de socorro foi necessária a intervenção imediata. O autor estava resistente e dizendo “não entra não que vai dar ruim!”, com a faca em mãos, fazendo pressão no intuito de afundar a lâmina no peito.
Os militares fizeram disparos de bala de borracha contra a mão do autor para que ele largasse a faca. Ele foi contido e recebeu voz de prisão. Marlene acabou morrendo no local antes de ser socorrida.