O programa Mais Social, que oferece auxílio financeiro de R$ 450, tem sido fundamental para garantir a alimentação e o gás de cozinha de famílias em situação de vulnerabilidade no interior. Creuza Santos, de 22 anos, mãe de quatro meninas em Aparecida do Taboado, relata como o benefício é essencial para manter a alimentação de sua família.
“Ajuda muito, ainda mais com o tanto de criança que tenho. Se não fosse o Mais Social, seria mais apertado. Consigo comprar o gás no mercado também”, explica Creuza. Com uma filha caçula em tratamento de uma doença cardíaca, ela utiliza o benefício para comprar fraldas, lenços umedecidos, pomadas, alimentos e outros itens essenciais. “Com R$ 450 ficou bem melhor, porque ajudou mais ainda”, afirma.
Em Aparecida do Taboado, Suely da Silva, de 47 anos, mãe de oito filhos, também destaca a importância do Mais Social. “Eu sou assim mesmo. Se der diferença de um real, dois reais, eu vou num lugar, vou no outro, sempre no lugar mais barato, que é à vista. E compro mais assim para as crianças, mais fruta, verdura, a carne também o leite que não pode deixar faltar então é o que mais compro, que tiver no momento, que tiver mais de emergência eu corro e compro.” O benefício é muito importante, mas se eu não precisasse mais, entregaria para dar oportunidade a outros. “Com certeza se não dependesse mais desse benefício eu seria uma das primeiras que entregaria porque para outros, igual pra mim foi muito bem-vindo, e pra outras também porque isso é muito bom pra quando a gente mais precisa está aqui, mas se não preciso mais eu entregaria sim pra ter oportunidade pra outros pegar igual eu peguei”, comenta Suely.
Teodora Queiroz, de Três Lagoas, enfrentou um momento difícil quando seu marido foi erroneamente declarado morto. Receber o benefício do Mais Social na mesma época trouxe alívio para sua família. “Eu estava no hospital com meu esposo, Robson Ferreira, ele foi diagnosticado morto e eu tenho até o laudo que ele era para estar morto. Na época me ligaram e falaram que eu tinha ganhado. Depois eu recebi vieram os 300 reais. Para mim esses R$ 300 valia muito, então assim pra mim pessoal, e não é puxando sardinha esse é meu jeito de ser não é puxando sardinha, R$ 150 a mais que pra mim é ótimo, porque ajuda muitas das vezes o arroz o feijão está faltando, não que a gente passa fome, mas a ajuda que vem já ajuda a gente”, conta. “Primeiro eu vou no arroz, feijão, óleo, massa de tomate, o grosso entendeu, eu compro sempre 10 quilos de arroz e macarrão. Somos ‘macarrãozeiros’ por isso sou meia magrela (risos) aí eu vou pego uma qboa, um sabão em pó, um sabão, dois sabonetes, duas pastas, ainda compro ainda uns três quilos de mistura e sempre deixo pra comprar as guloseimas, entendeu?”
A pesquisa de preços faz parte da rotina de Teodora com o cartão do Mais Social. “Eu ligo, eu tenho um aplicativo no celular, aí eu vejo que o arroz lá no outro mercado está barato, o feijão no outro, aí eu vou lá e pego lá, e vou nos lugares certos aonde tem que passar, então toda a reunião é explicado que temos que passar em mercado, então eu procuro assim gastar o cartão num mês, aí tem vezes que tipo assim sobrou R$ 50 eu deixo para o outro mês, e eu inteiro com R$ 450 e vai para R$ 500”, finaliza.
O Mais Social atende aproximadamente 50 mil beneficiários, sendo mais de 95% mulheres. O programa permite a compra de gêneros alimentícios, gás de cozinha e produtos de higiene pessoal, mas proíbe a aquisição de bebidas alcoólicas e produtos de tabaco, sob pena de exclusão do programa.
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